Educar é ser um farol de esperança

Foto: Reprodução/Ilustração

*Carlos Dorlass

Depois de mais de 200 dias de isolamento social, o novo coronavírus mostrou nossa pequenez, pois, apesar de toda a nossa capacidade técnica como educadores, temos a clareza da nossa fragilidade.

A Covid-19 também nos deu a oportunidade de mostrar aos jovens que a união das nossas capacidades pode nos permitir lidar com aquilo que parece invencível.

Gosto da frase de Charles Chaplin: “Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante”.

Sabemos que o século 21 já teve momentos de extrema turbulência, de grande dor, e hoje a minha expectativa é a de que possamos aprender com essas situações; grandes lições de convivência solidária.

Primeiro, precisamos cuidar para não nos esquecermos dos protocolos de saúde e higiene. Mas, além disso, devemos relembrar aos alunos sobre a importância do acolhimento, de estar junto, mesmo preservando o distanciamento. Devemos contar-lhes também, que se um dia lá na frente, a vida voltar a dar alguns passos para trás, que mantenham sempre a fé, e recomecem.

Sejamos, colegas professores, o farol de esperança!

Que o professor seja acolhedor, seja amor. E se não conseguir, que seja, ao menos respeitoso, e assim, consolidamos os valores entre nossos alunos.

Sempre que um novo dia amanhece e os nossos sentidos buscam capturar as belezas que nos circundam, precisamos ter a vontade de abrir as janelas da alma e inspirar os nossos filhos e estudantes.

Lembre-se, caro professor, da sua capacidade de se autotransformar para melhor. Você é um pouco Deus, na exata medida em que pode, por sua própria vontade e determinação, pois é capaz de desenvolver pessoas melhores.

Ninguém é tão egoísta que não possa dar um primeiro passo na direção certa, assim como ninguém é tão perfeito que já não precise caminhar.

Nas palavras do Irmão Lauro Davos, “o educador sabe que a vida não é linear e sabe que a condição humana é frágil. Por isso, cultiva a espiritualidade, a ética, a solidariedade. O educador é mais que cidadão: torna-se cidadão planetário.  Sensibiliza-se com a Terra agredida, cuida da existência e da vida”.

Peço que dê o melhor de seu esforço nesse momento de “lonjuras e distâncias”.  Ajude seu próximo e a comunidade e descobrirá o verdadeiro significado das palavras “é dando que se recebe”. Será agraciado em moeda divina, em dignidade, sensibilidade, grandeza de espírito e amor-próprio. Mas faça isso, enquanto é hoje…

* Carlos Dorlass é Diretor Geral do Colégio Marista Arquidiocesano, localizado em São Paulo (SP).

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