PF pede mais prazo para investigar senador por suposto caixa 2

O senador Wellington Fagundes, que é investigado pela PF - Foto: MidiaNews

Wellington é acusado de ter recebido R$ 300 mil via caixa 2 na campanha eleitoral de 2014

 
THAIZA ASSUNÇÃO/MidiaNews

A Polícia Federal pediu mais prazo para concluir o inquérito que investiga o senador Wellington Fagundes (PL) pela prática de caixa 2 nas eleições de 2014.

Fagundes é acusado de ter recebido R$ 300 mil, fora da contabilidade oficial, para a campanha ao Senado. O caso foi delatado pelos empresários Joesley e Wesley Batista, sócios da empresa. 

Essa é terceira vez que a PF pede mais tempo para concluir as investigações. A primeira solicitação foi feita em maio do ano passado e a segunda, em outubro. 

Em despacho publicado nesta quinta-feira (28), a juíza Gabriela Carina Knaul de Albuquerque e Silva, da 51ª Zona Eleitoral de Cuiabá, determinou que o Ministério Público Eleitoral se manifeste sobre pedido da PF.

“Autos ao Ministério Público Eleitoral para apreciação do pedido de dilação de prazo. Retornando os autos e havendo concessão, remessa direta à Polícia Federal para prosseguimento das investigações, sem colheita de novo despacho”, determinou a magistrada.

Em outubro do ano passado, o  juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira negou recurso do senador para decretar o sigilo do inquérito.

No recurso, Fagundes alegou que por ser “pessoa pública, com forte exposição na mídia”, a investigação da PF pode o submeter a “riscos de constrangimentos desnecessários, que em nada contribuiriam para o deslinde do feito”.

O magistrado rebateu o senador, afirmando que o inquérito policial não investiga fatos que, por sua própria natureza, pudessem gerar constrangimentos “além daqueles inerentes a qualquer procedimento de investigação criminal”.

Suposto caixa 2

O dinheiro teria sido recebido por Wellington por meio de Neri Geller, então ministro da Agricultura e atual deputado federal

Segundo os delatores, foi Florisvaldo de Oliveira, o “homem da mala da JBS”, que entregou o montante no gabinete do então ministro.

O repasse a Fagundes teria se dado no dia 5 de setembro de 2014.

Nesse período, ele já estava em campanha ao Senado, disputando a única vaga por Mato Grosso.

Em sua prestação de contas feita à Justiça Eleitoral não constam depósitos feitos pela empresa. Ao todo, ele declarou ter arrecadado R$ 8,7 milhões.

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