Vacinar policiais e professores

A decisão de São Paulo e outros estados de vacinar já em abril o pessoal da Segurança Pública e os professores, constitui importante marco no combate à pandemia e novo encaminhamento social dos problemas dela decorrentes. Peças importantes e insubstituíveis da estrutura social, policiais militares, civis e assemelhados não podem sair de seus postos para se resguardar do vírus conforme determinam os protocolos editados pelas autoridades sanitárias. Se não recebem a vacina, ficam expostos à Covid-19 e podem até perecer. Já os professores, também importantes na estrutura social, se vacinados, poderão voltar às aulas presenciais e, com isso, possibilitar ao alunado a regularidade do aprendizado. Os e studantes já perderam o ano de 2020 – mesmo os promovidos não rcceberam os conhecimentos desejáveis – e será um atraso ainda maior se o fenômeno repetir-se em 2021. Vacinado o pessoal da Saúde, da Segurança e da Educação, mais a população idosa, teremos cumprida uma parte crucial da imunização e  formada a massa crítica para o começo da baixa na transmissão viral. Em seguida, pelo que dizem as autoridades, a vacina será ministrada aos motoristas e cobradores de ônibus e assim gradativamente outros profissionais conforme seu grau de necessidade ao conjunto social e  exposição.
            Ainda que frágil, o comitê estruturado em Brasília – por gestão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco – tem a importante função de evitar que União, Estados e Municípios continuem atuando em rota de colisão e isso traga prejuízos ao trabalho de combate à pandemia, vacinação e outras atividades. O importante é que as vacinas importadas estão contratadas e logo chegarão, as produções da Fiocruz e do Butantan aumentaram e, como novidade, temos agora apresentada para testes a vacina Butanvac, a primeira tipicamente nacional, desenvolvida e produzida pelo tradicional instituto paulista.
            Os prefeitos de centenas de localidades – inclusive São Paulo e Rio de Janeiro, os mais populosos e importantes municípios do país – adotaram o feriadão de 10 dias, que começou nesta sexta-feira e se prolongará até o dia 4 ou 5 de abril, conforme a localidade. Além das restrições estabelecidas nos protocolos, ainda haverá o toque de recolher e a fiscalização intensificada, com multas e processos, para quem insistir em fazer festa ou qualquer outra aglomeração. Além das equipes de fiscais, haverá a participação das polícias e até de helicópteros e drones nas localidades onde esses recursos são disponíveis. Resta à população guardar-se de todas as formas na tentativa de reduzir o índice de infestação e, consequentemente, o de doentes e internados.
            De outro lado, o governo federal e alguns estaduais e municipais já começam a liberar os auxílios emergenciais para os vulneráveis. Também deverá ser antecipado o 13º salário de aposentados e pensionistas e reativados programas de financiamento a empresas e até pequenos negócios prejudicados pelas quarentenas. Chegamos ao ponto máximo da crise sanitária. É preciso a união de todos para evitar o seu alastramento. Que doravante, o presidente da República, os governadores e os prefeitos atuem coordenadamente naquilo em que seus posicionamentos convergem e não se digladiem nas diferenças que, como propõe a filosofia do comitê, podem ser moduladas pela Justiça.
            Espera-se que do acordo possível tenhamos o apressamento na vacinação e que o novo ministro da Saúde, além do 1 milhão de vacinas aplicadas por dia que prometeu para o mês de  abril, tenha condição de ampliar esse número e a população possa sentir-se mais segura e em condições de, no menor tempo possível, afrouxar as restrições e voltar a viver a vida mais próxima do normal pré-pandemia.

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo) 
aspomilpm@terra.com.br        

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