PF quer ouvir deputado e dono da JBS antes de encerrar inquérito contra senador de MT

Wellington Fagundes é investigado por ter, supostamente, recebido R$ 300 mil da JBS

Folha Max

A Polícia Federal (PF) pediu um prazo maior para a conclusão de um inquérito que envolve o senador Wellington Fagundes (PL-MT). O parlamentar foi citado na colaboração premiada do sócio da JBS, Joesley Batista, e teria recebido R$ 300 mil nas eleições de 2014.

No pedido de maior extensão do prazo de conclusão do inquérito, a PF justifica a necessidade de ouvir os depoimentos de pelo menos mais três testemunhas do caso – o deputado federal Neri Geller (PP-MT), o ex-executivo da JBS, Ricardo Saud, além do próprio Joesley Batista.

Segundo informações do inquérito, Wellington Fagundes teria recebido os recursos e não declarado à Justiça Eleitoral durante o pleito de 2014, quando se elegeu senador. O pagamento teria sido uma forma da JBS “evitar retaliações ou dificuldades para as empresas”, além de “garantir a boa vontade e facilidade de contratos para futuros pleitos empresariais”.

Wellington Fagundes tentou colocar as investigações sob sigilo, dizendo ser uma “pessoa pública, com forte exposição na mídia”, estando, assim, sujeito à “constrangimentos desnecessários”. A Justiça, porém, negou o pedido.

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