A pandemia de Covid 19 tem sido especialmente eficiente em levar alguns de nossos guerreiros que tanto lutaram para tentar devolver à Barra do Garças os dias de glória que já nos colocaram como a terceira cidade do estado, quando o estado era o dobro do tamanho.
A cada notícia de que perdemos mais um, ficamos com a sensação não só da perda, mas também de que não há reposição com a qualidade e a capacidade daqueles que nos deixaram.
Podemos estar até enganados, porém não vemos nas gerações sucessoras naipes capazes de tomar o lugar dos que se foram e que estamos, a cada dia, ficando mais pobres de recursos humanos capazes de sustentar o nosso desenvolvimento.
E o fato não é constatado apenas agora na pandemia. Todos, veridicamente, os sucessores daqueles da nossa geração que já nos deixaram, não dizem a que vieram e não são capazes de carregar o legado deixado por seus antecessores.
E para nossa grande decepção, vemos que nem ao menos são capazes de contribuir com realizações que majorem o legado recebido. Receber um legado já é um fardo pesado para a maioria dos herdeiros, mais pesado ainda é receber um legado político que gera expectativas dos seguidores e admiradores do antecessor.
Nossa geração em Mato Grosso foi de inestimável validade para termos atingido os patamares em que hoje nos encontramos. Deixou e deixa um trabalho real, importante, inestimável e sólido que precisa ser mantido e expandido.
Temos dúvida quanto a capacidade das gerações que nos sucederam, e sucederão, de manter o legado que deixamos, e deixaremos, partindo dele como um trampolim para fazer o estado e a região cresceram e garantirem dias melhores para seus filhos e netos.
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