Resiliência e comprometimento: as características femininas que fazem a diferença no agro

Daniela Tavares_

Gabriel Nunes/Assessoria

Por anos elas não participaram ativamente das atividades agropecuárias, e assim o agro perdia a oportunidade de somar a força, resiliência e comprometimento das mulheres nos negócios. Hoje, elas já ocupam cargos de liderança e mostram como essas características são essenciais para o desenvolvimento do setor.

Quando falamos de sucessão familiar, por exemplo, vemos inúmeros casos da porteira para dentro em que essas mulheres conduzem com maestria, sabedoria e é claro, amor, todo esse processo. São essas qualidades de resiliência, comprometimento, comunicação e tantas outras que tem feito delas um grande sucesso no agrobusiness brasileiro.

No algodão, importante cultura que movimenta o Brasil, essas mulheres têm feito história. Um evento realizado pela FMC, empresa de ciências para agricultura, reuniu em São Paulo cerca de 30 lideranças femininas, entre executivas e empresárias rurais. O encontro Mulheres de Fibra, enalteceu a atuação delas nessa cadeia e contou como suas histórias se confundem com a trajetória do algodão no Brasil.

São relatos diferentes, mas que se convergem em algumas características que evidenciam os diferenciais das mulheres no agro. E entre as principais está a resistência, essa capacidade feminina de enfrentar incômodos e superar desafios; além é claro, do comprometimento e responsabilidade com que encaram qualquer que seja a atividade.

Mas, essas qualidades não ficam apenas na percepção. Uma pesquisa com 7.500 mulheres apresentada pelo Prof. Dr. José Luiz Tejon Megido, no evento, mostrou que essas mães, esposas, filhas e executivas, apresentam sete virtudes que fazem a diferença no agronegócio, sendo elas: liderança, resiliência, velocidade, comunicação, empreendedorismo, afetividade e responsabilidade.

E seja ouvindo suas histórias ou por meio de pesquisa, uma coisa é certa, são Mulheres de Fibra que todos os dias se dedicam incansavelmente para fazer a cultura do algodão voar sempre mais alto. Alessandra Zanotto Costa, é um exemplo dessa força. Jovem, com grande representatividade no setor, a empresária rural trabalha há 16 anos nos negócios da família. Atualmente como Diretora do Grupo Zanotto e é Vice-presidente da Abapa (Associação Baiana dos Produtores de Algodão), Alessandra comanda diariamente uma das maiores produções de algodão do Brasil.

“No início enfrentei dificuldades e precisei ter muita persistência, tanto por uma mulher tentando se estabelecer no agronegócio como também pela minha idade. Mas hoje não vejo mais esses obstáculos, muito pelo contrário, vejo que as mulheres conseguiram ocupar um espaço e têm uma importância enorme no agronegócio, e esse evento só para nós mostra isso”, conta a empresária rural.

O Grupo Zanotto é uma das forças da região oeste da Bahia no cultivo do algodão. A fazenda instalada na cidade de Luís Eduardo Magalhães há 40 anos, investe na pluma há 20. “A minha paixão pelo algodão só cresce, ano a ano. Os desafios mudam a cada safra e eu acredito que é isso que me mantém ainda mais apaixonada por essa cultura. E é por todo esse amor que entrego no meu trabalho diariamente, que fiquei muito lisonjeada com o convite do evento e não poderia estar contando minha história para outras mulheres que não fosse num evento da FMC, uma empresa tão parceira e que abraça a causa do algodão nacional”, comenta.

Mãe e filha, Janislei Ferreira Aguiar e Ana Jaqueline Aguiar Furlan, representam a força feminina do Grupo Aguiar que cultiva no Mato Grosso. Hoje, atuam na área financeira da empresa e contam como as mulheres têm feito a diferença no negócio. “Em nosso administrativo 70% dos colaboradores são mulheres, vemos que elas são dedicadas, responsáveis e comprometidas com o negócio. Acredito que até pela história das mulheres, nós aprendemos a fazer várias coisas ao mesmo tempo e ainda assim, entregar tudo com muito carinho e zelo, e é isso que notamos no dia a dia”, conta a matriarca, Janislei Aguiar.

Mas, os desafios ainda existem. “Quando vamos para o campo, a presença feminina é menor, porque temos que ter um cuidado muito maior e uma estrutura própria de alojamento, banheiros, etc., que até então não era necessário porque a força de trabalho era exclusivamente masculina. No entanto, isso vem mudando aos poucos e no Grupo, por exemplo, já temos agrônomas e técnicas agrícolas que trabalham com a gente”, explica Ana Furlan.

Mulheres de Fibra

Todas essas histórias de força, superação e dedicação, foram compartilhadas no evento Mulheres de Fibra, organizado pela FMC, uma das maiores empresas de defensivos agrícolas do mundo. Realizado na cidade de São Paulo, o encontro reuniu aproximadamente 50% da área plantada de algodão no país, que teve por objetivo falar sobre negócios, a situação do mercado e do setor da cotonicultura.

“Para nós da FMC é uma honra protagonizar esse tipo de iniciativa. A FMC TEM parceria, e estamos ao lado dessas produtoras e executivas há anos, mas esse momento é diferente, é uma forma que encontramos de enaltecer o trabalho incrível e incansável que elas têm feito junto à seus negócios”, declarou a Diretora de Marketing da FMC, Daniela Tavares.

Durante a abertura do evento, o Diretor de Negócios Brasil, Marcelo Magurno, também lembrou da relevância da cotonicultura para a empresa. “Somos líderes no mercado de algodão, nossa história se mistura muito com a história de vocês, mulheres de fibra. E é essa relação de confiança que nos faz estar aqui. Há 24 anos realizamos o primeiro Clube da Fibra, que veio a se tornar um dos principais encontros do setor, e foi em um desses eventos que nasceu a Abrapa, associação representativa da cadeia. Então, é com muito orgulho que agora damos mais esse passo, realizando um encontro exclusivo para mulheres do algodão”.

O evento teve duração de dois dias e contou com uma programação extensa de negócios, onde passaram grandes nomes como o Prof. Dr. José Luiz Tejon Megido e a executiva Rachel Maia, que se tornou a primeira mulher negra a ocupar um cargo de presidência em uma multinacional de grande porte.

“O Mulheres de Fibra é um encontro que reforça e fortalece a atuação da mulher no Agro, suas aptidões e como elas agregam valor e crescimento ao setor. A conexão entre elas que são empresárias, algumas sucessoras, porém todas mulheres com histórias de fibra, permite ecoar de forma mundial a grandeza que o agro e o produtor brasileiro representam. Nós da FMC temos orgulho de cada uma delas. Nossa história de parceria e relacionamento é fundamental para o crescimento do algodão brasileiro”, afirmou Erica Rodrigues, Gestora de CRM Vendas Diretas da FMC.

Sobre a FMC

A FMC Corporation, uma companhia de ciências para agricultura, fornece soluções inovadoras para produtores de todo o mundo com um portfólio de produtos robusto, impulsionado por uma descoberta orientada para o mercado e desenvolvimento em proteção de cultivos e manejo de pragas e doenças nas principais culturas. Essa poderosa combinação de tecnologias avançadas inclui a liderança no mercado de controle de insetos, além de contar com soluções como herbicidas, fungicidas e biológicos. A FMC Corporation emprega aproximadamente 6.500 funcionários em todo o mundo. Para saber mais, visite www.fmc.com e www.fmc.com.br.

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Erica Rodrigues

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