Medo de perder

(Artigo dividido em 3 partes) – parte III

Por Jorge Peró 

Se alguém te falasse: você não é esse fusca azul, mas sim uma brasília amarela. Você acreditaria? Mas é isso mesmo! Não somos o que os condicionamentos nos fizeram pensar que éramos. Para aceitar isso, eu teria que acreditar que o seu ou o meu Criador não é perfeito, pois, como um Criador perfeito poderia criar imperfeição?

Estamos identificados com um produto que foi fabricado artificialmente a partir da liberdade que a Criação, de Amor Infinito, nos presenteia. É por causa dessa liberdade concedida desde a Origem que o restante do Universo respeita o seu e o meu direito de continuarmos querendo pensar que não somos uma brasília amarela ou uma ferrari vermelha.
Ao acordarmos pela manhã, olhamos para todas as alternativas que pensamos ter, e começamos a pensar que estamos tomando decisões, pois isso falsifica a sensação de sermos os criadores da nossa própria vida. Mas no fundo, as decisões já estavam seladas com a cola do ego.

Por isso falamos que o mecanismo engendrado dentro do ego é um processo de sabotagem inteligentíssimo. O caminho preferido (por ser o mais fácil) é deixarmos para pensar nisso outra hora. Sustentamos a ideia de que daria muito trabalho, e ainda porque existem infinitas maneiras de justificarmos nossas posturas diante das adversidades da vida.

Quando eu estava repassando o conteúdo desse artigo, um pouco admirado pela qualidade e organização das palavras, e até empolgado por ter aprendido profundamente a lição enquanto a escrevia, compreendi que o mesmo estava sendo chancelado pelo Senhor Maitreya, que se identificou como sendo “Eu Sou Maitreya”. Essa “Consciência”, entendendo instantaneamente minha perplexidade, fez-me assimilar Sua pergunta (fazendo referência ao final da parte 2 desse artigo): acaso seria uma questão de não se achar merecedor? Então senti uma euforia e alegria no ambiente. E ao final havia compreendido que não se tratava disso. Era somente um serviço que me candidatei para realizar no justo momento em que me abri para compreender o âmago da questão: é impossível ver algo fora do contexto fabricado, com o qual me identifico e abraço como causa. Portanto, não há como não experimentar na vida cotidiana o resultado da combinação de condicionamentos eleitos por mim mesmo.

Jorge Peró tem 53 anos, nasceu em Volta Redonda/RJ, é escritor e professor de Reiki.

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