Lula, Haddad e o primatinha

Torcemos para que os governos tenham bom desempenho e consigam cumprir seus programas e metas. Isso não é ativismo politico-partidário, mas vontade de que tudo se concretize e o povo viva da melhor maneira. Almejamos sucesso tanto ao presidente da República quanto ao governador do Estado e ao prefeito da minha cidade, independente dos seus nomes, filiação partidária e história política; queremos que tenham a disposição de cumprir aquilo que prometeram ao eleitor na hora de conquistar o voto. Se conseguirem, estará tudo de bom tamanho e o povo (onde nos incluímos) estará feliz.

Apesar da imagem nem sempre positiva, temos de concordar que o a União, o Estado e o Município possuem vasto ordenamento jurídico- institucional e equipes de profissionais concursados capazes de garantir o funcionamento da máquina. A tarefa básica dos eleitos é dizer aos burocratas a forma que desejam fazer as coisas. Para isso, o governante dispõe de ministros, secretários, chefes de gabinete e dezenas, centenas, até milhares de auxiliares que nomeia quando toma posse e leva embora ao terminar o mandato. O segredo do bem governar está em aproveitar as qualidades dessa equipe transitória e, com sua colaboração, executar o prometido em campanha eleitoral. É essa equipe que, quando bem azeitada, governa em nome e para o povo. Outra coisa importante: o bom relacionamento entre as diferentes esferas de governo e nos agrupamentos regionais do poder que, sem qualquer duvida, facilitará a todos o bom desempenho no cumprimento de suas tarefas.

A harmonia é fundamental e faz muito bem à Nação. Se um dia vier a substituir a bestial polarização que hoje converte significativa parcela de nossos políticos em inimigos irreconciliáveis, será um avanço.

Apesar do inegável desenvolvimento, o nosso Pais precisa de reformas. O governo bate-se por reformar a Economia. O piloto dessa viagem é o ministro Fernando Haddad, fiel escudeiro de Lula – que aceitou até ir para o sacrifício de uma candidatura inglória quando o presidente esteve impedido (2018) – e agora tem nas mãos a tarefa de mudar a atividade econômica. Haddad tem, desde o último final de semana, nas mãos, o “mico” ali colocado pelo próprio chefe, que declarou não prever a eliminação do déficit público em 2024. Não haveria problema algum na afirmação se o ministro, em suas negociações do Congresso Nacional e as classes produtoras, não tivesse prometido exatamente o contrario. Resultado: subiu o dólar e caiu a Bolsa…

Goste ou não de Lula, todo brasileiro há de concordar que sua ação foi parte importante na montagem do atual quadro político-institucional brasileiro. Porém, até seus seguidores têm advertido que deveria evitar discursos, entrevistas e outras falas públicas de improviso, para evitar que a emoção o induza a impropriedades e cause dor-de-cabeça aos auxiliares. Primatinhas como o que entregou a Haddad costumam causar grandes confusões e danos.

Ressalte-se o equilíbrio do ministro que, mesmo estando como aquele pintor que estava no altos e de quem foi retirada a escada, não se desesperou e nem abandonou a tarefa que acredita ser a melhor para o momento. A política brasileira necessita de comportamentos dessa natureza: assertivos, pacíficos e apontados para a direção que pareça ser a melhor…

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)

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