Operação cumpre mandados em oito cidades para identificação de membros de facções

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Operação “Panópticos”, deflagrada nesta quinta-feira (28), pela Polícia Judiciária Civil, por meio de investigações desenvolvidas pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), obeteve um saldo de 13 presos, 20 quilos de drogas apreendidas, dinheiro, munições, armas de fogo, medicamentos, dois veículos, celulares, explosivos e anotações.

A ação foi apoiada pelo núcleo de inteligência das delegacias do interior do Estado e a Diretoria de Inteligência. A operação objetiva coletar dados sobre uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios, na prática de diversos crimes como tráfico de drogas, crimes patrimoniais (roubos e furtos em residências, comércios e veículos), homicídios, explosão de caixas eletrônicos e outros.

“Buscamos a identificação desses indivíduos faccionados. Nosso objetivo é que seja identificada a conduta individualizada de cada. Só o fato de integrarem organização criminosa possibilita pena de 3 a 8 anos de reclusão”, disse o delegado titular do GCCO, Diogo Santana Souza.

Conforme o delegado, a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) está em constante acompanhamento das organizações criminosas, seguindo as diretrizes da Diretoria da Polícia Civil e da Secretaria de Estado de Segurança Pública.”Esse trabalho tem que ser feito rotineiramente com monitoramentos frequentes, para enfraquecer e impedir que essa organização cresça em todo o Estado”, destacou Diogo.

A operação cumpriu 4 de 5 mandados de prisão expedidos contra 3 assaltantes de bancos e efetuou 62 buscas e apreensão em oito cidades. O trabalho foi realizado com apoio do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPaer), Gerência de Operações Especiais (GOE), Delegacias Especializadas da Diretoria Metropolitana e as Delegacias das Regionais de Água Boa, Cáceres, Guarantã do Norte, Nova Mutum, Rondonópolis e Tangará da Serra, locais onde foram cumpridos buscas.

Os mandados da Operação Panóptico são oriundos de informações colhidas pelos núcleos de inteligência, instalados nas Regionais da Polícia Civil no interior do Estado, e repassadas à Diretoria de Inteligência que procedeu com a análise criminal dos dados.

Para a região metropolitana foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão e 5 ordens de prisão contra três assaltantes de bancos. As demais buscas foram decretadas para o interior do Estado, destacando o município de Água Boa, com 18 mandados de busca e apreensão, em cumprimento por policiais da GCCO, GOE e Polícia Militar local.

Em Cuiabá, no Residencial Alice Novack, os policiais apreenderam 14 tabletes de maconha e 1 de pasta base, resultando na prisão de dois homens e uma mulher por tráfico de drogas. O local foi um dos pontos com buscas determinadas pela Justiça.

Ainda na Capital, na região do São Gonçalo Beira Rio, Robson Antônio da Silva Passos, o “Robsinho”, foi preso em cumprimento de mandado de prisão preventiva por roubo a banco. Ele era alvo da operação “Luxus”, desencadeada no dia 4 de maio, quando 17 membros de uma organização criminosa tiveram mandados de prisão decretados por roubos a bancos. Na ocasião, o assaltante fugiu pelos fundos da casa, no Bairro Jardim Mossoró.

O lucro da quadrilha foi estimado R$ 5 milhões, ‘investidos’ em veículos (carros e motos) importados, lanchas, viagens e festas. Tudo era ostentado abertamente nas redes sociais.

Com mandado de prisão preventiva em aberto, Everton Pereira Oliveira, o “Lebre”, teve a ordem de prisão cumprida dentro da Penitenciária Central do Estado. Ele tem envolvimento no roubo do Banco do Brasil, em abril de 2016, e de uma Cooperativa de Crédito.

Em Rondonópolis, foram cumpridos seis mandados de buscas resultando na prisão de 4 pessoas e apreensão de 1 menor, por crimes de tráfico de drogas, posse de artefatos explosivos, violação de direitos autorais, devido a apreensão de CD e DVD e bonés, e crime ambiental, pela apreensão de uma paca abatida em comércio da cidade. Também houve apreensão de anotações e adesivos relacionados a uma facção criminosa, celulares e outros produtos.

Em um dos pontos também foram apreendidos R$ 2.450 com indícios de falsificação nas notas de 100 e 50 e confirmada serem falsas as cédulas de 10 e 5. Uma pessoa foi presa autuada na Polícia Federal por moeda falsa.

O diretor do Interior, Wladimir Fransosi, ressaltou a importância dada aos trabalhos dos núcleos de inteligência das delegacias do interior. “Acompanham sistematicamente grupos criminosos, enriquecendo de informações os relatórios encaminhados à Diretoria de Inteligência, assim como auxiliam com prisões, fruto desse trabalho de inteligência policial nas localidades”, disse.

O nome – Panóptico – significa construção, cuja estrutura faz com que se consiga observar a totalidade da sua superfície interior a partir de um único ponto. O termo foi utilizado pelo filósofo e jurista inglês Jeremy Benthan em 1785, para designar um modelo de penitenciária ideal.

PJC-MT

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