REFORMA RELIGIOSA, 500 ANOS DEPOIS…

ECONOMIA/Terra, POLÍTICA E SEXO, OU, SEXO, ECONOMIA/Terra, POLÍTICA E RELIGIÃO… 

Por Antônio Alberto (Pe. Alberto)

Longe, muito longe de mim, querer me opor à Reforma Religiosa acontecida em 31 de outubro de 1517, não sou idiota. Ela está aí e sua influência é notória na confusão “ religiosa” causada nos tempos atuais. A partir dela, todas as outras separações de credos – credo em cruz -, aconteceram por causa de Deu$$ e sempre, esse Deu$$ haverá de separar os crentes…

Quero, simplesmente, aclarar, tornar compreensível para a maioria das pessoas os reais motivos (nem sempre contados de maneira fácil e clara) que fizeram com que surgisse a tão falada Reforma Religiosa.

Essa história e seus fatos estão narrados em milhares de livros, pelo Mundo afora.

Vou atrever-me a reduzi-la em 4 (quatro) aspectos fundamentais – o resto é romance/literatura -. Por isso, darei saltos históricos e factuais… (não se postem de Vestais para exorcizarem as cambalhotas temporais e “históricas” que darei.)

1) ECONOMIA/Terra – Até então – 1517 – só existia a Religião Católica Apostólica Romana, portanto , todos os Reis e Senhores Feudais eram Católicos e só assumiam seus poderes – seus reinos, seus feudos – se o Papa os entronizassem, os “ungissem”, os declarassem Imperadores, Reis, Nobres e Senhores Feudais . Por suposto, todos os Reinos/terras pertenciam à Roma, ao Papa. Todas as autoridades eram submissas ao poder Papal.

O inverso, também, era verdadeiro: quem comandava/influenciava a Igreja eram os Reis e Nobres daqueles tempos. Eles indicavam o Papa, os Cardeais, os Bispos e os Padres – tudo nos devidos limites -. Poucos eram os membros do clero, por vocação religiosa. Pertencer aos quadros do Clero, era ser elite social.

Os Príncipes da Alsácia – A Alsácia era parte do Sacro Império Romano-Germânico –, região na qual morava Lutero, estavam descontentes por suas terras estarem em poder de Roma. Queriam se libertar do poder Papal… Havia um desejo latente de se tornarem independentes de Roma.

2) SEXO – O Frade Agostiniano Matinho Lutero mantinha um “ chamego “ com uma freira chamada Catarina Von Bora – nada contra, não tenho autoridade para ser censor sexual de ninguém , só estou contando o fato – . No final, Lutero casou-se com essa senhora e até teve filhos com ela.

Lutero, também, apoiava ou, não contestava , o movimento dos Príncipes que queriam a propriedade das terras de seus Reinos.
Aproveitando tudo isso, o Vaticano enviou uma advertência ao Lutero – quis dar um “chega prá lá “ nele- , quanto ao seu relacionamento afetivo.

Lutero sabia que não ia deixar esse relacionamento e sabia, também, por causa disso, que futuras punições aconteceriam, inclusive a laicização / excomunhão.

3) POLÍTICA – Assim, se uniu mais fortemente aos Príncipes “ separatistas “ , na esperança e certeza de ter apoio e segurança para os futuros passos no sentido de se desvincular da Igreja Católica Apostólica Romana.

Apoio garantido pelos Soberanos, Lutero peitou a Igreja naquilo que ela estava, Realmente, errada.

Mas Roma é orgulhosa, não cede – Roma locuta, causa finita!-.

Martinho Lutero foi excomungado e os Príncipes Alemães declaram sua Independência Religiosa/Econômica e Política; renegaram o Poder do Papa em suas Terras.

4) RELIGIÃO – em 31 de outubro de 1517, pelos fatos acima narrados , ao separar-se da Igreja Católica Apostólica Romana e apoiado pelos Soberanos Separatistas, Martinho Lutero criou, com seu protesto, uma nova Religião, o Protestantismo ou Luteranismo.

Um dos eixos de sua nova religião era a livre interpretação da Bíblia. Erro grosseiro que ensejou e enseja, até hoje, mal formação religiosa e estapafúrdias interpretações da Palavra, vez que a Bíblia é só o texto e para entendê-lo temos que conhecer o contexto e o pretexto no qual, o texto, foi gerado.

Poucos, pouquíssimos são os que conhecem os fundamentos bíblicos.

Por causa da livre interpretação das Sagradas Escrituras surgiram uma variedade de ramificações: adventistas, assembleianos, internacional da graça, universal do reino, mundial, Deus é amor, evangélicos luteranos, calvinistas, anglicanos, metodistas, batistas, presbiterianos, pentecostais, que por sua vez se desdobraram em inúmeras seitas conservadoras , mercantilistas e fundamentalistas. Só Deus sabe quantas religiões existem hoje no mundo!!! É um verdadeiro cipoal; uma esponja de bombril – ninguém sabe onde está a ponta -.

Essa quantidade toda de “igrejas” separadas por causa de Deu$$$, só trazem confusão, radicalismo, ignorância, teimosia e comportamentos sócio-político, inadequados e obscurantistas.

Esse saldo negativo, impossível de ser zerado, pode-se creditá-lo ao Lutero e à sua teoria da livre interpretação da Bíblia. 

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