Uma caminhada perdida

Dia desses estivemos comentando sobre as oportunidades que são perdidas, no decorrer dos tempos, aqui e acolá, seja por culpa de uns, ou de outros. Aqui no Araguaia já tivemos várias oportunidades de ouro e, dentre elas, a era da Coopercana, como frisamos anteriormente.
Num outro ângulo, mas também quase no mesmo período, tivemos outras oportunidades de ouro, quando também se comentava, euforicamente, sobre a criação do Estado do Araguaia.

Muitas expectativas foram fomentadas e que Barra do Garças tinha tudo para ser a capital do novo Estado. No paralelo já havia sido criado o Estado do Tocantins e isto favorecia e criava uma nova auréola de riqueza para a nossa região.

Muitas empresas para aqui acorreram na esperança de se implantar aqui os seus domínios, a exemplo do Grupo Jaime Câmara, com a sua TV Anhanguera e a Rádio Araguaia, sendo que mais tarde se estenderia mais um braço da imprensa escrita.

Outros empreendimentos que aqui estavam já planejavam aumentar o seu potencial. Já éramos fortes, politicamente, pois logo em seguida conquistamos o governo do Estado, com Wilmar Peres governador e mais quatro deputados estaduais, sendo um deles (Roberto Cruz), presidente da Assembleia Legislativa, além de quase a maioria dos secretários de estado.

Na área federal muitos para aqui acorreram para dar seus préstimos, pleitear dividendos. Só que os políticos, de maneira folclórica, se dividiam ao invés de se agrupar em torno das metas almejadas, tanto em nível federal quanto estadual. Não falavam a mesma língua, ou seja, cada um queria puxar a sardinha para a sua lata, dizendo ser o pai da ideia da criação de mais uma fatia estadual.

Deu no que deu, pois com o esfacelamento do projeto que não foi defendido de maneira correta, o Estado do Araguaia passou a ser somente um sonho, não realizada.

Outras tentativas foram buscadas por políticos mais distantes, que também não redundou em nada, pois a política do entendimento se esfacelou, deixando toda a nossa região a ver navios, ou a ver canoas, pois também não vingou a navegação fluvial. com as potentes barcaças.

Nesta fase trabalharam também os empresários Vasco Mil Homens Arantes e Cláudio Picchi. A festa da amostragem foi concorrida, e colorida, mas os caminhos antes percorridos pela GAZITA também, não foi adiante.

Nesta época impediu a navegação, alguns ambientalistas que estavam de comum acordo com o truste internacional (empresas de caminhões). Diziam que não se poderia retirar a areia dos rios Garças e Araguaia que saem das margem e saturavam os seus leitos.

A desculpa é que ao balançar as águas se maltratavam os ramos das margens, como se limpar o rio seria uma catástrofe. Agora, depois de outro tempo, é que assistimos os mesmos (Araguaia e Garças) secando por falta de tratamento de suas margens e também do seu bojo.

Foi assim a perda de espaço para as outras regiões do Estado, principalmente para o Nortão, que hoje se locupleta de riquezas diversas.

Outro Ângulo perdido no período foi o do turismo, quando tivemos a visita do Ministro Maris da Guia. Tínhamos tudo para conquistar mais este espaço. Até as bandeiras do turismo perdemos, na época. De qualquer forma valeu o sacrifício do Eduardo Oliveira, que coordenou, e do Paulo Batista, na divulgação de mais este preâmbulo.

Infelizmente não tivemos os políticos certos, nas horas certas…

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