Medeiros compara Ibama a tumor e pede que Temer enquadre presidente do órgão

Foto: Reprodução

O senador José Medeiros (Podemos) afirmou que o Ibama está se transformando num “tumor” na estrutura institucional brasileira que saiu do “quinto dos infernos” para atrapalhar quem produz. O pronunciamento foi motivado pelas multas aplicadas nos indígenas da etnia Parecis que produzem soja em Mato Grosso.

Medeiros também atacou duramente a presidente do Ibama Suely Franco. A arquiteta e advogada com doutorado em política ambiental está no cargo desde junho de 2016. “São órgãos que não dão satisfação para nada, nem para ninguém. Não tem ministro que tenha controle. Aliás, o ministro fica a reboque. É o verdadeiro caso do poste mijando no cachorro”, declarou Medeiros da tribuna do Senado.

Segundo Medeiros, os índios Parecis plantam mediante Termo de Ajustamento de Conduta firmado junto ao Ministério Público Federal e referendado pelo Judiciário. Ainda assim, o Ibama multou e embargou as lavouras e fez com que os indígenas buscassem auxílio em Brasília. “O Judiciário está recebendo os índios aqui, o Ministério Público, a Funai, o ministro do Meio Ambiente, mas a rainha, a toda poderosa, a blindada, a inatacável presidente do Ibama, está fazendo os índios de besta e não recebe” completou o senador.

Recado direto

O senador relatou que chegou a procurar o Palácio do Planalto e conversar com o ministro da Casa Civil da Presidência da República Eliseu Padilha (MDB-RS) sobre assunto. No entanto, o pleito não surtiu efeito e o Ibama continuou interferindo na produção dos índios Parecis. 

“Agora eu quero perguntar, com recado direto ao presidente Temer, ao ministro Padilha, ao He-Man, aos Tundercats, à Liga da Justiça, quem é que manda no Ibama? Esse órgão está descontrolado”, pontuou.

Além disso, Medeiros relata que o temor dos indígenas é que os fiscais do Ibama ateiem fogo nas colheitadeiras e tratores em diversos pontos do país. Lembra ainda que a prática é ilegal já que não está baseada na legislação, mas em portarias publicadas pelo próprio órgão ambiental.

“O Ibama até autoriza os índios colherem, mas não autoriza vender a produção. Com todo respeito, alguém tem que por limite nessa senhora, nesses religiosos. Não se constrói um país com gente desse tipo”, concluiu.

Por Jacques Gosch/RD News

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