Bebê indígena é levada para abrigo em Canarana

CIA do 13º CR/ PM/MT

Nesta quarta-feira (11) a bebê indígena, enterrada viva, foi encaminahda para um abrigo de Canarana (distante 837 km de Cuiabá). A Justiça acolheu o pedido do Ministério Público do Estado de Mato Grosso,  que indicava que seria mais seguro para a menor permanecer em abrigo até que seja definido um novo lar.

A assessoria da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, onde a bebê estava internada, confirmou que ela foi encaminhada para a cidade natal, na manhã desta quarta e que já está no abrigo local, sob a tutela do Conselho Tutelar.

De acordo com o promotor de Justiça, Matheus Pavão de Oliveira, a criança ser encaminhada para um abrigo é uma medida protetiva para preservar a integridade física e psíquica da menor.  O MPE aponta a ausência de interessados comprovadamente aptos para receber a guarda. 

De acordo com o órgão, será realizado um estudo antropológico, com auxilio do Conselho Tutelar, para decidir se algum parente poderá ficar com a criança ou ela será encaminhada para um lar adotivo.

A bebê Analu Paluni Kamayura Trumai foi enterrada por familiares no dia 05 de junho e acabou sendo resgatada por policiais após aproximadamente seis horas em baixo da terra. Ela ficou internada desde o seu resgate, passou por diversos problemas de saúde. 

Num processo de recuperação lento e gradativo, a menor passou por cirurgias, diálise e respirava com ajuda de aparelhos para sobreviver. Na segunda-feira (09), a Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá informou que a recém nascida teve alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

O caso

A bebê foi resgatada por policiais militares e civis, na noite de 05 de junho, quando vizinhos chamaram as autoridades denunciando que uma criança estaria enterrada no quintal da residência de uma família indígena.

Os policias passaram a cavar e ouviram o choro da menina, que foi retirada do solo e levada para atendimento médico no hospital da cidade. 

Em investigação foi constatado que a menina foi enterrada pela bisavó, pois a mãe era adolescente e o pai estaria com outra mulher. A prática é tradição entre a tribo, quando uma criança é filha de mãe solteira. Ela já tem uma mãe adotiva e o Conselho Tutelar, assim como Ministério Público Estadual (MPE) acompanham o caso.

A avó e a bisavó da bebê estão sob moninoramento eletrônico e respondem pelo crime de tentativa de homicídio.

Por: JULIANA ALVES –  HIPERNOTÍCIAS

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