Ao acordar e ligar suas televisões, rádios, ao ler artigos e periódicos, comumente nos deparamos com notícias relacionadas a escândalos políticos e representantes da população sendo investigados e presos. A corrupção no País tupiniquim pode ser descrita como uma marca registrada desde a época de Cabral e que tem na política sua maior incidência, uma vez que o poder e o capital financeiro desta é vultuoso.
Conforme já dito alhures, a corrupção parece estar enraizada em nossa cultura, afinal, também é comum o eleitor se vender, vender sua ideologia, sua chance de fazer um país melhor, em troca de uma vantagem pessoal. Expressão esta muito comum neste país. A grande verdade é que o brasileiro sempre gosta de levar vantagem.
Posto isso, faz-se necessário mencionar que apesar desse cenário crítico, a legislação pátria e os entendimentos jurisprudenciais têm evoluído no sentido de diminuir as regalias outrora vistas, podendo ser citada a lei de inelegibilidade, a lei contra a corrupção eleitoral, da ficha limpa, o limite de gastos eleitorais, a vedação do financiamento de pessoas jurídicas a campanhas particulares, entre outros pontos positivos.
Assim como, as investigações estão tendo mais eficácia e como nunca antes visto nesse País vários políticos estão sendo presos e condenados. Não entraremos no mérito do poder judiciário, o qual nas cortes superiores parece que exercem uma jurisdição político-partidária, totalmente imparcial e eivada de interesses, tema inclusive que merece outra discussão.
Enfim, o título desse artigo se refere à importância de exercer a cidadania, a qual pode ser entendida como o gozo e a fruição de direitos que permitem a participação na vida política. Ao andar e debater sobre o tema política, vemos a sociedade desgastada e desiludida, no entanto, política, em seu verdadeiro sentido, é a prática do bem em vista do bem comum e somente através da cidadania e participação popular que poderemos vislumbrar uma sociedade mais justa e solidária.
Realmente é difícil acreditar que a política possa ser algo honesto, que existem candidatos idôneos, tendo em vista o cenário nacional, estadual e até mesmo municipal. No entanto, não exercer o seu direito de voto nada contribuirá para a mudança do “status quo”.
Destarte, em ano eleitoral, fica o pedido aos caros leitores para que exerçam o seu direito de cidadão através do voto. No cenário estadual, é muito importante que façamos boas escolhas, visto que nossa querida cidade de Barra do Garças é taxada como o “Vale dos Esquecidos”, por falta de representatividade estadual, nacional e de políticos que não acreditam no potencial do município, diante da inexpressiva destinação de emendas.
Apesar de ser o “Vale dos Esquecidos” de quatro em quatro anos, o Município de Barra sempre ferve em anos eleitorais, com a vinda de candidatos propagando promessas e angariando consideráveis votos em nossa região. Inclusive, nesse final de semana teremos vários encontros partidários com a participação de, várias lideranças, de deputados, de pré-candidatos, de vereadores de vários municípios e de prefeitos.
Fica também o convite para que o leitor possa conhecer quem estará à frente do futuro de nosso Estado nos próximos quatro anos, estudando as propostas, conhecendo sua história e assim exercendo um voto consciente. E vale lembrar, que vários destes pré-candidatos a nível estadual estão ou já estiveram envolvidos em grandes escândalos de corrupção.
Autor: Herbert Penze – Advogado , Bacharel Em Direito Pela Ufmt, Pós Graduado em Gestão e Planejamento Ambiental.
Seja o primeiro a comentar sobre "A IMPORTÂNCIA DE CIDADANIA EXTERIORIZADA NO VOTO"