Durante o período de gravidez, a mãe costuma se preocupar com os mínimos detalhes em relação à alimentação e estilo de vida, para que o seu bebê nasça forte e saudável. No entanto, isso não impede que ocorram algumas complicações durante o período gestacional que estão fora do controle da gestante, uma é o nascimento prematuro.
Por definição da OMS (Organização Mundial da Saúde), o parto prematuro corresponde àquele nascimento antes das 37 semanas completas de gestação. É importante lembrar que o período completo de gestação dura 9 meses, ou 40 semanas.
De acordo com Paulo Nassar, especialista em Medicina Fetal e Membro da Comissão de Perinatologia da FEBRASGO, 75% dos casos correspondem à prematuridade espontânea, ou seja, quando associada diretamente ao parto prematuro ou ruptura da bolsa. Os outros 25% ocorrem quando é indicado por alguma complicação durante a gestação. É chamado de prematuridade eletiva e acontece, por exemplo, se existe alguma indicação clínica para o parto visando o bem-estar da mãe ou do bebê. Muitos fatores podem levar à prematuridade do bebê. Malformação ou problemas de infecção passados pela mãe estão entre eles.
Complicações com a gestante também podem afetar, como hipertensão e diabetes gestacional. Além disso, em gestações múltiplas, a tendência é de que os bebês não cheguem a 37 semanas de gestação, em pelo menos 40% dos episódios.
Entre as complicações que o bebê prematuro pode vir a ter estão hemorragia intracraniana, displasia broncopulmonar (um distúrbio pulmonar crônico ocasionado por lesões repetitivas do pulmão), enterocolite necrozante (inflamação intestinal em que porções do intestino sofrem necrose) e a retinopatia da prematuridade, que em situações extremas pode levar a perda da visão. Além das complicações que acompanham o recém-nascido, há lesões que podem se apresentar pelo resto da vida. “O déficit neurológico e motor são as sequelas de longo prazo mais visíveis e preocupantes”, comenta Nassar. O tempo de permanência do bebê no hospital depende de cada intercorrência. O período extenso de internação pode ser explicado pela imaturidade dos órgãos e sistemas, bem como pela baixa imunidade deste recém-nascido.
“Esse bebê não possui sistema imunológico plenamente competente. Além disso, alguns órgãos e sistemas possuem um amadurecimento tardio das suas funções, como exemplo os pulmões e o sistema nervoso”, explica o ginecologista.
Dependendo do quadro é necessário também que o bebê continue a receber cuidados, mesmo após alta do hospital. É importante que haja acompanhamento médico, com um pediatra acostumado com partos prematuros. Em alguns casos a ajuda de uma equipe multidisciplinar, como fisioterapeuta e fonoaudiólogo, é benvinda. Para o alívio das mamães, tem como o nascimento prematuro ser prevenido. De acordo com Nassar, a identificação das gestantes de risco para prematuridade pode ser feita por meio do histórico clínico da paciente e do exame do colo uterino por ultrassonografia transvaginal, durante o período da ultrassonografia morfológica. Com a identificação, as gestantes de alto risco são orientadas a usar medicamentos, ou intervenções, que poderão aumentar a probabilidade do parto acontecer após 37 semanas de idade gestacional.
SBCM realiza 10ª edição do Congresso Mineiro de Clínica Médica
De 04 a 06 de outubro de 2018 a cidade de Belo Horizonte (MG), conhecida por ser referência em sustentabilidade, será palco do X Congresso Mineiro de Clínica Médica, que terá como tema central “O conhecimento e a colaboração para renovar práticas”.
A programação científica prevê a realização de atividades em quatro salas simultâneas debatendo assuntos como arboviroses e vacinação, formas graves de dengue e febre amarela, infecções respiratórias, tuberculose, risco cardiovascular, estilo de vida e prevenção primária do câncer, tromboembolia venosa e prevenção e novos episódios, cuidado fragmentado e seus efeitos colaterais, urgências no paciente idoso, sepsis e dilemas e desafios na sala de emergência.
O primeiro dia do evento será dedicado às oficinas e minicursos, entre eles: o resgate do exame clínico à beira do leito, cuidados paliativos, e avaliação diagnóstica em saúde mental.
Para saber mais acesse http://www.sbcm.org.br
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