Mato Grosso é endêmico para a Dengue, Zika e Chikungunya, e Várzea Grande tem o maior número de casos
Sandra Carvalho | SES/MT
Nota informativa emitida pela Superintendência de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (SES/MT), alerta os municípios mato-grossenses para o risco de ocorrerem surtos ou epidemia de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti como Dengue, Zika e Chikungunya.
De acordo com a nota, todo o estado de Mato Grosso é endêmico para estas doenças e vários são os fatores que contribuem para isso, dentre eles estão fatores sociais e ambientais, além de ser um estado com extensas localizações geográficas e diferentes tipos de bioma.
“Alertamos para a necessidade de se intensificar a vigilância das doenças transmitidas por Aedes, considerando não somente a possibilidade de surtos e epidemias nos municípios do estado, mas também pelo significativo número de óbitos por complicações dessas arboviroses confirmadas por laboratórios no Estado durante anos anteriores.” Informou a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Alessandra Moraes.
Mato Grosso lidera a lista de alto risco de transmissão de Febre Chikungunya no país, segundo dados divulgados no último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. De janeiro a junho do ano de 2018, foram registrados 380 casos novos da doença para cada 100 mil habitantes e no mesmo período de 2017, foram apenas 83 casos notificados a cada 100 mil habitantes em todo o estado.
Os dados também apontam que o município de Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, é o que tem apresentado o maior número de notificações da Febre Chikungunya, do início do ano até agora, período em que foram registrados mais de 10 mil casos somente em Várzea Grande.
A SES/MT destaca a importância do envolvimento do Poder Público nos três níveis de governo e demais segmentos da sociedade organizada, por meio de ações articuladas para combate do vetor da Dengue, Zika e Chikungunya e solicita aos gestores e profissionais de vigilância em saúde, da atenção primária, unidades de urgência e emergência e demais profissionais de saúde a atenção especial às estratégias.
Entre elas, intensificar as ações de prevenção em parceria com os agentes de combates de endemias e agentes comunitários de saúde de forma articulada e de acordo com o cenário de risco e de transmissão apresentado.
Envolver a equipe de comunicação e mobilização social, trabalhando em parceria com a Vigilância em Saúde, através da divulgação da situação também de forma estratificada, buscando a participação da população em ações educativas para eliminação mecânica de criadouros existentes nos domicílios.
“Todos os municípios devem dimensionar a rede de saúde para atender aos pacientes com Dengue, Zika e Chikungunya nos três níveis de complexidade, que são o primário, secundário e terciário, incluindo o fluxo para realização dos exames laboratoriais”, alerta a representante da SES/MT.
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