A colocação é antiga e com certeza muitos jovens a desconhecem, muito embora os ditos sejam – quase – sempre – repassados pelos pais, ou outros parentes, nas conversas de família. “Por fora bela viola, por dentro, pão bolorento”, significa que a maioria das pessoas, ou produtos vivem esta metamorfose.
De repente você detecta neste preâmbulo que nem tudo que reluz é ouro. No tocante a pessoa se verifica que ela tem maneiras harmoniosas e aparência que demonstra tudo aquilo que se espera da mesma. Além da bela faceta, a seriedade que se imagina e na qual se pode, como sempre se diz, colocar, a mão no fogo.
Podia até ser assim, em tempos idos, onde a seriedade sobrepujava a desfaçatez, o mau caráter das pessoas. Era quando o fio do bigode tinha o seu valor como documento. Neste tempo de agora a ganância passou a caminhar junto com a corrupção, A cada dia que levantamos e percorremos os telejornais, redes-sociais e a imprensa de modo em geral, verificamos no contexto que mais uma leva de contraventores foram desbaratados.
Ora a Polícia Federal, ora a militar e a Civil, estão fazendo descobertas inacreditáveis. Gente que nunca se imaginava corrupta estão caindo nas malhas da Lei que a cada dia que passa está mais acelerada, muita embora tenha também, no seu ceio, pessoas que também querem tirar o seu quinhão. Vale observar que não está sendo somente os políticos que estão (quase 90%) usando e abusando das prerrogativas de serem corruptos.
Conforme um estudioso no assunto, a índole do brasileiro é tentar tirar proveito em tudo, mesmo que isto signifique viver perigosamente à margem da Lei. Muitos, vendo a facilidade e as benesses colhidas estão avançando, a cada dia que passa o sinal da improbidade.
Crê piamente, que tudo vai dar certo, avançando ainda mais o sinal almejado e dizendo pra sí mesmo que tudo vai dar certo.
Para muitos que vivem portentosamente tudo está dando certo e continua vivendo o caminho brilhoso, mas não imaginando, porém, que um dia a casa pode cair, como vem ocorrendo com muitos, quase que diariamente.
Uns são conhecidos, outros nem tanto, causando espanto aos circundantes da comunidade local, estadual e até nacional. “O fulano! Não acredito!!! Meu Deus, em que mundo, estamos!!! E eu que pensei que ele era honesto! Bem que vi que ele ostentava demais”, dizem sempre os curiosos, ou fuxiqueiros de plantão.
O certo, conforme se nota, é que a vida está realmente difícil, o fulano rouba, seu escudeiro tira proveito, o repassador tem sua comissão e, no final, o recebedor tem que dar os seus “pulinhos” para justificar a verba toda. É assim que funciona, e muitos sabem disso.
Quando se trata da pobreza honesta, a que não tira proveito, ou não tem como tirar, resta o preço do desespero de viver e conviver com a alta da gasolina, do gás, dos impostos e de outros itens que se transformam em munição para comprar votos de políticos para que eles votem as matérias pretendidas pelo Executivo e que nem sempre protegem o povo.
O certo é que cada vez mais a corda está arrebentando do lado mais fraco e também até seja isto, ou sobre isto, a busca incessante da corrupção desenfreada.
Seja o primeiro a comentar sobre "A ganância e a corrupção"