PAULO BATISTA “O GUERRILHEIRO DAS PALAVRAS” (II)

Conheci Paulo Batista na década de 80. 1985, para ser mais preciso. Eu ocupava a Assessoria de Imprensa e Relações Públicas da Prefeitura de Barra do Garças, administração do prefeito Carolino Gomes dos Santos. Era governador na época o saudoso Wilmar Peres de Farias.

Competente profissional, tão logo chegara à Barra do Garças, passou a editar o Jornal da Barra, periódico com circulação local de propriedade do casal Alexandre/Carlota, e posteriormente o A Gazeta do Vale do Araguaia, do qual é diretor/editor. No paralelo ele era também correspondente do jornal o Popular, época em que nosso guerrilheiro das palavras deu início a sua cruzada jornalística no Mato Grosso tendo por quartel general Barra do Garças, cantada em prosa e verso por Valdon Varjão; escritor, historiador e líder político; Varjão administrou o município de Barra do Garças, o maior do mundo em extensão territorial à época, e continua nos versos de poetas, cantores e escritores que enaltece seus encantos e belezas banhados pelas águas do Garças e Araguaia, envolvida pelo misticismo da Serra do Roncador.

Passou-se, portanto, quase quatro décadas, e o visionário das palavras, como diria Varjão, continua produzindo e divulgando farto material de informação destinado a diversos segmentos organizados espalhados por esta e outras belas cidades do Vale do Araguaia/Garças, numa inequívoca comprovação de que apesar dos avanços das informações tecnológicas, a imprensa escrita, apesar de tudo, friso; continua sendo um dos mais confiáveis veículos de comunicação a serviço da sociedade.

– Imagine você ali, manuseando um jornal! Suas mãos apalpando cada página, cada notícia, cada texto de renomados articulistas, numa interação silente… Isso não é prova incontestável de que a robotização não substituirá jamais os reflexos espontâneos da espécie humana?!

Continuemos nossa caminhada pelas páginas amarelecidas do tempo… O que você vai ler a seguir é o editorial da edição 1.355 do jornal A Gazeta do Vale do Araguaia de 13 a 19 de janeiro de 2017.

Ninho de gatos e gatunos
A persistente colocação da grande maioria de que o ano que se aproxima será melhor, não passa de uma sistemática preleção de bons augúrios que pode até agradar, num primeiro momento, mas não por todo o tempo, pois não passará de frase decorada, e repetitiva que é feita nos últimos anos.

Aliás, durante este período tudo passou a ser uma burla bem ensaiada pelos petistas nascidos no antigo ABC paulista, liderados pelo então enganador de todos os tempos, Lula da Silva.

E como soube enganar e criar uma quadrilha tão bem esquematizada. E o pior de tudo é que conseguiu criar uma auréola de bom samaritano, ou seja o de ser o Robin Hood brasileiro, onde se imaginava que ele estava criando um oásis repleto de riquezas diversas para tirar dos ricos para dar aos pobres.

E conseguiu, ao longo de algum tempo, enganar uma vasta maioria de gregos e troianos, com seu coaxar e som empastelado. Bem que tentou imitar, ao longo do tempo o Fernando Henrique Cardoso até mesmo nas viagens que não teve nenhum futuro, por parte dele. O que fez foi sair manipulando e gozando a vida com pessoas queridas.

Na verdade ele deixou nas mãos dos seus compinchas mais próximos, tipo José Dirceu, Genoino, Delúbio e outros mais chegados a incumbência de manipular e até agregar os valores pretendidos para os seus que foram derrubados a partir de operações da Polícia Federal.

A ponta do novelo, que estava bem camuflada, foi descoberta e daí para à frente foi e está sendo aquele sufoco, pois dentro do dito cujo estava um emaranhado de podridão que passou a atingir, como o colocado, gregos e troianos de várias raças e credos que se refestelavam nos enredos engendrados pela máfia criada.

E neste contexto colocado dizer um bom ano novo passou a significar muitas coisas e uma clara evidência de que muitos serão os que não irão sobreviver neste lamaçal. Uns porque não terão o suporte necessário para viver a sua honestidade, enquanto outros estarão afundando nas fezes defecadas por eles mesmos; Quem muito quer, pouco terá…

Quem não conhece pessoalmente Paulo Batista, ou mesmo conhecendo-o não tivera oportunidade de conversar com ele sobre política, poderá se questionar: “Poxa, esse jornalista só fez foi malhar o Lula e o PT”. Lembremo-nos aqui de Eclesiastes o Pregador: “Tudo tem seu tempo determinado. Tempo de plantar e tempo de colher o que foi plantado”.

Ademais, “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”, já dizia eminente inquilina palaciana.

Acompanhei as críticas “paulinas” ao Lulopetismo e devo acrescentar: Uma coisa é a linha editorial de um órgão de imprensa que, no nosso caso, é o jornal. Outra coisa é a opinião pessoal do jornalista responsável pela edição do mesmo. É bom lembrar ainda que o direito à livre expressão – desde que não fira a honra – é um dos esteios de sustentação da democracia, e o bom profissional de jornalismo é antes de tudo um leitor; um dedicado estudioso dos fatos que acontecem ao seu redor. Tudo o que escreve, assina e publica, baseia-se no Onde? Quando? Por quê? E como formador de opinião não pode afastar-se jamais da ética, entrando no jogo da crítica pela crítica com intenções subversas.

Popularizou-se nos meios políticos do antigamente, mas que ainda faz coro nos dias atuais: “Fulano é um vira-folha”…

“Fulano é como folha de bananeira, vai para onde assopra o vento”. – O que se pode resumir numa única palavra: Oportunismo. É bastante confortável, andar sempre ao lado de quem “está por cima”, de quem está no poder, de quem dita as normas… Esquecendo-se, contudo, de outra importante pilastra da democracia: “O poder que emana do povo”.

Quanto ao nosso guerrilheiro das palavras lembremo-nos de que os ventos assopraram a favor do Lulopetismo mantendo-o no Alvorada por uma década e pouco mais de meio lustro, mas nem por isso Paulo Batista rendeu-se aos pisca-piscas insinuantes da estrelinha vermelha.

Nico MirandaJornalista escritor, Anistiado Político

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