PERDEU UMA ÓTIMA OPORTUNIDADE

O prefeito Roberto Farias perdeu uma oportunidade de ouro na semana que passou quando não exonerou metade de seu secretariado e dispensou a totalidade dos contratados em cargos de confiança da estrutura administrativa municipal.

Como nada ou pouco realizou em quase oito anos, nada mais vai realizar nos próximos meses. O pessoal afastado não faria falta e os remanescentes poderiam facilmente assumir os cargos vagos, dobrando as obrigações estatutárias, porém sem aumentar a carga de trabalho, uma vez que nada teriam a realizar a mais.

Os benefícios, porém, seriam imensos para a administração municipal, pois, além da economia com os salários e outras despesas provocadas pelos que teriam sido afastados, geraria uma sobra de caixa importante para o início da administração do próximo prefeito.

O mandato de Beto Farias se encerra em 31 de dezembro e não pode ser prorrogado por reeleição ou carteirada. Com isso, seria de bom alvitre que ele pensasse na próxima administração, fazendo todo o possível para aplainar o caminho de acesso do futuro prefeito e permitindo que ele já comece realizando pelo município, cobrindo lacunas deixadas de atual prefeito.

É muito bom pensar utopicamente. É tão bom sonhar com o improvável. É tão bom acreditar que ainda existem políticos sérios e administradores competentes. Mas a realidade é completamente diferente e o que podemos esperar deste réquiem de gestão é que o próximo governante herdará um cofre vazio de recursos e repleto de dívidas e um rol infindável de tarefas a serem realizadas, não cumpridas por Roberto Farias.

Com isso já podemos garantir um ano de poucas ou muito poucas realizações do próximo alcaide, por falta absoluta de recursos, uma vez que a sobra de arrecadação dos primeiros meses mal dará para indenizar os contratados de Beto Farias e para tapar parte dos rombos herdados da gestão atual. Isso sem contar que, embora não tenha prestado conta dos recursos obtidos extraordinariamente para a pandemia, esperamos dívidas extraordinárias oriundas das despesas que não foram pagas pelos recursos citados e foram inseridas nas contas a pagar em exercício futuro.