A INEXORÁVEL DERROCADA

Nesses dias de pré-pós-pandemia alguns empresários já encontraram o caminho ou a pista do retorno à normalidade e buscam acelerar o processo visando recuperar o enorme tempo perdido com a Covid 19.

É um processo individualizado e não tem a sua correspondência nos poderes constituídos da República. Enquanto as empresas e seus gestores buscam ansiosamente soluções, até miraculosas, para recolocar seus negócios nos eixos, Executivo, Legislativo e Judiciário insistem em se manter inertes, em disputas mesquinhas, em propostas egocêntricas e totalmente dissociados das necessidades do país.

Enquanto lemos, ouvimos ou vemos diariamente notícias alvissareiras do agronegócio; da lenta, porém constante, recuperação da indústria e da retomada da atividade comercial, principalmente a do comércio lojista; vemos as contas públicas em franca deterioração, como nunca antes vistas; vemos o funcionalismo público aproveitando-se da pandemia para ampliar ao máximo as férias que vêm curtindo nos últimos oito meses; observamos estarrecidos os governos estaduais e municipais paralisados pela incapacidade de reagir às novidades dos novos tempos e o poder Judiciário insistindo em fazer injustiça, seja pela total incapacidade e inoperância de uma grande maioria de seus membros, seja pela ajuda de propinas e adjutórios que patrocinam decisões absurdas e inimagináveis aos simples mortais.

O mais preocupante é sabermos que a aclamada evolução dos negócios privados não se sustenta sem um arcabouço de apoio das instituições gestoras do país. O aumento inexorável da distância entre os resultados obtidos pela iniciativa privada e os órgãos públicos vai, definitiva e irreparavelmente, minar a capacidade de iniciativa e empreendedorismo do gestor privado brasileiro e suas heroicas empresas, freando seus êxitos e revertendo resultados, até que a recessão se sobreponha ao crescimento e assumirmos, involuntariamente, a maior crise já vivida pelo Brasil e seus habitantes.

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