A Câmara Municipal de Barra do Garças aprovou na noite de segunda-feira (21/6) o projeto que trata sobre uma subvenção (ajuda) no valor de 25 mil da prefeitura de Barra do Garças a empresa Garçastur que alega dificuldades de manter o serviço de transporte coletivo na cidade em virtude da pandemia que afugentou os passageiros.
A sessão foi bastante acalorada devido o assunto dividir a opinião pública, pois tem gente a favor e outros contra a prefeitura auxiliar a empresa. Ao final, o projeto enviado pelo executivo foi aprovado por 10 a 4 e com isso autorizando a prefeitura de Barra do Garças a repassar a subvenção de R$ 25 mil reais por mês a Garçastur durante 3 meses e ainda terá uma ajuda de 5 mil da prefeitura de Aragarças cuja autorização também deve ser apreciada pelo legislativo aragarcense. A cidade de Pontal do Araguaia ficou fora, mesmo porque, a alegação é que o ônibus não oferece esse serviço ao pontalense.
Votaram a favor da ajuda, os vereadores Ronair Nunes (PSDB), Carpegiane Gonzaga (PSB), Murilo Valoes (Republicanos), Zé Gota (PSDB), Guinha (PSD), Jairo Marques (Republicanos), Valdei Pebinha (MDB), Geralmino Neto (PSB), Secreta Bike (PSB), Florizan (PROS). Votaram contra: os parlamentares Jaime Gehm (PRTB), Jaime Rodrigues (MDB), Paulo Bento (PL) e Zé Maria (DEM). O presidente do legislativo, vereador Pedro Filho, não vota pelo fato de presidir os trabalhos.
Os vereadores favoráveis alegam que essa ajuda do município será no sentido da empresa não parar com o serviço e voltar a cumprir os horários e as linhas que atendem os bairros mais distantes. Eles receberam na tarde de segunda-feira uma planilha enviada pela Garçastur onde demonstra que o serviço está no prejuízo devido a pandemia e também a concorrência de outros transportes alternativos.
No início do mês, devido a crise do coletivo, a Garçastur chegou a suspender a linha que atende os bairros Ouro Fino, Wilmar Peres, Abel Lira e região do Fórum agravando a situação. Já os vereadores que votaram contrários argumentaram que o dinheiro público, diante da crise sanitária que o país vive, deveria ser aplicado no combate a pandemia comprando mais medicamentos e equipamentos para UPA e o Pronto Socorro.
Os vereadores contrários disseram que a empresa deveria modificar o sistema trocando os ônibus que consomem mais por vans que seriam teoricamente mais econômicas e o serviço ficaria mais rápido e quem sabe oferecendo mais horários. O presidente da Câmara Municipal, Pedro Filho, informou que o legislativo fará um estudo sobre a possibilidade de ampliar o serviço de transporte urbano na cidade e quem sabe colocando uma segunda empresa ou implantando o sistema de van.
Os bairros mais afetados com a dificuldade do transporte coletivo são Anchieta, Vila Maria, Solar Ville, Wilmar Peres, Palmares, Novo Horizonte e São José. Por outro lado, a empresa argumenta que enfrenta concorrência de outros transportes alternativos (mototaxi, taxi e motorista de aplicativo) e que hoje tem mais passageiros com gratuidade do que os que compram a passagem. E para completar, a empresa pediu o reajuste da tarifa de 3,90 para 4,00 para manter o serviço funcionando.
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