Em tempos idos tinha-se a ideia de que em nosso País havia três poderes constituídos: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. No paralelo se defendia a imprensa como o 4º poder.
A legitimidade dos três primeiros era latente, enquanto o 4º divulgava com total isenção os fatos ocorridos.
Ao Executivo cabia Executar e criar oportunidades diversas para o povo que governava, enquanto o Legislativo legislava, ou seja, criava as leis e fiscalizava o Executivo e o Judiciário tirava as dúvidas de ambas às partes, sob o olhar vigilante da impressa que se considerava, na sua quase totalidade, impoluta.
Hoje, o que observamos é que as coisas mudaram bruscamente, ou melhor, depois da saída do Governo Militar, quando o ex-Presidente João Figueiredo disse que o povo ainda iria ter saudade dos militares, ou melhor, de sua participação ou militares nos destinos desta Nação tão rica e de cores resplandecentes, que é o verde e amarelo .
A previsão de Figueiredo foi “tiro e queda” e foi incrementada ainda mais nos governos petistas, quando implantaram um programa de defesa institucional do partido, ao inserir no Superior Tribunal Federal pessoas de pensamentos ideológico da mesma plataforma.
De lá para cá deu no que deu, ou está dando, que é o degligolamento dos poderes em pauta que entrou em desalinhamento territorial, ou melhor, abandonando as quatro linhas da Constituição para soletrar nos pés de ouvido de terceiros, a velha e tradicional frase do “faça o que eu mando, mas não faça o que eu falo ou faça”.
“Para quem sabe ler, um pingo é letra”, diz velho analista político. Vivemos tempos tenebrosos, pois como o calculado o STF passou a se arvorar como o Comandante em Chefe de todos os poderes constituídos, deixando entender que “manda quem pode, obedece quem tem juízo e tem dívida com a Justiça”.
Até quando isto vai durar?
(Paulo Batista de Melo)
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