Economia de água acessível a qualquer setor

Antonio Luis Francisco (PJ)
 Todos os setores precisam racionalizar o consumo de água, principalmente o agropecuário, que necessita deste recurso para garantir a salubridade da produção e a qualidade dos alimentos.
 
Que a água é essencial para a vida humana não é segredo, mas, cada vez mais, são enormes os desafios para a preservação de um bem tão indispensável e finito como esse. As necessidades nas mais variadas áreas humanas e naturais são um contraponto às influências climáticas, ao alto índice de desperdício e à poluição, que reduzem as fontes de recursos hídricos potáveis e utilizáveis no dia a dia das pessoas, na indústria, agricultura ou pecuária.
 
O Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março, traz à tona diferentes aspectos relativos ao tema, mas todos contarão com um ponto em comum: a possibilidade de consumo racional, consciente e econômico. Isto é, sem desperdícios. A pecuária, juntamente com a agricultura, está entre os setores que mais consomem recursos hídricos – cerca de 70% -, tanto na geração de alimentos para os animais e abastecimento dos rebanhos como no processamento da carne.
 
No entanto, há formas de garantir a redução da quantidade de água utilizada. Modernas técnicas de manejo aliadas à tecnologia podem trazer benefícios reais ao produtor, ao meio ambiente e à população que consome os alimentos.
 
Um exemplo prático é a utilização de lavadoras de alta pressão, recomendadas na limpeza das áreas de criação, manipulação e estocagem de carne e alimentos em geral. O mercado disponibiliza modelos com água fria ou quente, que proporcionam uma desinfecção mais profunda e rápida, uma vez que todo o cuidado é pouco para que não haja propagação de micro-organismos que possam provocar problemas de saúde nas pessoas.
 
Pisos, ralos, paredes, corredores, baias, silos, móveis, divisórias, estruturas metálicas e utensílios, utilizados em criadouros, creche, comedouros, bebedouros, sala de ordenha, abatedouros, bebedouros; áreas de manipulação e estocagem de matéria-prima e de alimentos; e equipamentos e veículos usados da colheita ao transporte podem ser limpos com essas máquinas que, graças aos jatos de elevada pressão, podem economizar até 80% de água em comparação a uma torneira comum, reduzindo o esforço físico e aumentando a qualidade final do trabalho.
 
Cada etapa da cadeia produtiva agropecuária tem um peso significativo no consumo de água. Pode-se tomar como base dados da produção nacional de carne suína, superior a 3,6 milhões de toneladas ao ano, e de frango, mais de 13 milhões de toneladas anuais. Desta forma, qualquer iniciativa que contribua para a economia de recursos hídricos é válida.
 
Os esforços devem ser conjuntos, em todos os setores e etapas produtivas. É certo que a conscientização de pecuaristas, agricultores e das pessoas tem aumentado. O país dispõe de tecnologia acessível e eficiente para a otimização das atividades de limpeza e higienização e o uso de equipamentos apropriados já é disseminado em diversas esferas, havendo a possibilidade de ampliar ainda mais esse uso.
 
As sequentes crises hídricas registradas no Brasil e que não se limitam à região Nordeste indicam que algo deve ser feito para evitar o colapso dos recursos naturais, antes que seja tarde.
 
 * Antonio Luis Francisco (PJ) é Diretor Geral da JactoClean – empresa do Grupo Jacto, referência nacional em equipamentos para serviços de limpeza.

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