DOR E DRAMA DE UMA AVÓ

Tenho acompanhado através dos jornais a saga da faxineira Rosalina Ferreira Prado, que teve retirado do seu convívio e dos seus cuidados os netos de dois e três anos.

Ação da justiça determinada pelo juiz substituto Dr. Jorge Alexandre Martins.

Fica aqui, pelos fatos noticiados, que mais uma vez a justiça praticou a injustiça. Não quero discutir a legalidade de tão nefasta atitude, mas sim, o lado humano e suas consequências.

Será que, com todo o respeito, o Dr. Jorge não conviveu com seus avós? Não teve o carinho, o amor e o zelo que proporcionam um avô e uma avó aos seus netos? A avó é mãe duas vezes.

As declarações de vizinhos e de moradores de todo o bairro, das professoras e funcionários do Centro Municipal de Educação Infantil – CMEI, comprovam o tanto quanto esta senhora ama e cuida dos seus entes queridos.

Afirma uma vizinha de Dona Rosalina, Dona Laudicéia de 37 anos: “Nenhum abrigo vai cuidar deles melhor do que ela. Mesmo com todos os problemas do mundo ela sempre cuidou dos netos como ninguém”.

A cena da retirada das crianças emocionou a todos. Funcionários da creche e vizinhos derramaram lágrimas ao presenciarem o afastamento das crianças do aconchego da avó.

Não tenho conhecimento dos motivos que levou o representante do Poder Judiciário a agir friamente, causando a esta avó tamanho sofrimento e consequentemente às duas crianças.

A mim como pai, avô e cidadão, deixo a minha indignação e revolta a esta exacerbada decisão judicial, que em nenhum momento demonstrou respeito com a mais importante personagem, a avó o ser humano.

Ao Sr. Juiz um conselho para sua reflexão: “lembre-se Sr. Juiz que colheremos infalivelmente, aquilo que semeamos. Cada um colhe o que plantou”.

Gostaria de ver atuando, para reverter este episódio desumano, o chamado grupo de defesa dos Direitos Humanos.

Meritíssimo, ainda há tempo de rever sua injustiça. Determine a devolução das crianças para o lar de sua avó. Lugar de onde nunca deveriam ter saído.

José Arimatéia – ex Deputado Estadual