Recém-nascida indígena será transferida para Santa Casa de Cuiabá

CIA do 13º CR/ PM/MT

Exames revelaram que a criança está com hipotermia grave e distúrbio de coagulação, por isso será transferida para UTI na capital mato-grossense.

Carlos Martins/ Sandra Carvalho | Assessoria SES/MT 

A recém-nascida indígena da etnia kayamurá, que foi resgatada nesta terça-feira (05.06) por policiais de Canarana após ser enterrada viva pela avó, será transferida para a Santa Casa de Misericórdia, em Cuiabá, no início da noite desta quarta-feira (06.06). A criança, que está internada no Hospital Regional de Água Boa, deverá chegar no Aeroporto Internacional de Várzea Grande por volta das 19h30.

Os policiais, após denúncia, retiraram a criança de um buraco cavado nos fundos da casa onde residem a avó e a mãe, uma adolescente de 15 anos. Ao começarem a escavar o buraco com as mãos, os policiais ouviram o choro, indicando que ela ainda estava viva. A criança foi encaminhada para o hospital municipal e, após avaliação, transferida para o Hospital Regional de Água Boa, onde passou por vários exames.

De acordo com a diretora do hospital, Salete Lauermann, exames revelaram que o recém-nascido está com hipotermia grave e distúrbio de coagulação, diagnóstico que levou a pediatra Flávia Bonini a pedir a sua transferência para a capital mato-grossense. O bebê seguirá direto para um leito de UTI neonatal da Santa Casa onde deverá passar por uma avalição detalhada de suas condições clínicas.

A UTI aérea contratada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MT) chegará às 17h30h em Água Boa (18h30 horário de Brasília) e o retorno ocorrerá 40 minutos depois. Como a previsão de voo é de 1h20min até Cuiabá, a aeronave deve pousar em Várzea Grande por volta das 19h30.

Sobre o caso

Segundo a denúncia, a indígena teria dado à luz por volta do meio dia na terça-feira (05.06). O bebê foi enterrado no terreno da residência da família. No local, a avó T.K. confirmou a autoria, pois, segundo ela, a criança teria nascida morta por ser prematura. Ela alegou que não comunicou ninguém por ser costume da etnia.

Uma enfermeira da Casai (Casa de Saúde do Índio) ao assumir o expediente soube do caso e avisou a polícia e o chefe do Casai. Em decorrência do tempo, o local foi isolado pela equipe policial para o trabalho da perícia técnica. Mas ao escavarem, os policias ouviram o choro do bebê.

Pelo fato do pai não assumir a criança e a mãe ter apenas 15 anos, há suspeitas de que tenham tentado matar a recém-nascida.

Outra criança

Outro caso que envolveu também o Hospital Regional de Água Boa foi o do recém-nascido João Gabriel Tauffer Silva, que depois de ter passado por uma bem-sucedida cirurgia cardiovascular em Curitiba, no Hospital Pequeno Príncipe, retorna no fim da tarde desta quarta-feira para Rondonópolis. João deve chegar em uma UTI Aérea no Aeroporto Maestro Marinho Franco por volta das 17h50, de onde será levado para a Santa Casa.

João nasceu em Canarana com uma cardiopatia grave e foi internado no Hospital Regional de Água Boa no dia 4 de maio. Como necessitava de uma UTI neonatal com cardiologia, ele foi transferido no dia 7 de maio para a Santa Casa de Rondonópolis, onde ficou internado até o dia 16 de maio, ocasião em que foi transferido para Curitiba, onde permaneceu por 21 dias.

Polícia Civil autua bisavó que enterrou recém-nascida viva em Canarana

A bisavó será encaminhada para audiência de custódia para deliberação do Judiciário. O bebê segue internado em unidade hospitalar de Água Boa.

Assessoria | PJC-MT 

A Polícia Judiciária Civil de Canarana (823 km a Leste) realizou autuação em flagrante pelo crime de homicídio tentado praticado pela bisavó do bebê recém-nascido indígena enterrado vivo. A criança foi resgatada por policiais civis e militares na noite de terça-feira (05).

A Polícia Civil foi informada de um feto/recém-nascido que teria sido enterrado em uma residência e se deslocou para o endereço (Rua Paraná) em conjunto com a Politec e a Polícia Militar. Ao iniciar escavação em busca do corpo, os policiais ouviram o choro do bebê e constaram que a criança estava viva. O bebê foi socorrido e encaminhado para socorro médico imediato. 

Conduzidas à delegacia para esclarecimentos, a mãe da criança (adolescente de 15 anos) e a avó do bebê contaram que a jovem sentiu fortes dores (contrações) e foi ao banheiro sozinha, momento em que deu a luz a menina. Ao nascer, a criança teria batido a cabeça no vaso sanitário, ocasionando sangramento.

Foi apurado ainda que a bisavó da criança cortou o cordão umbilical do bebê e também foi a responsável por enterrar a recém-nascida. A mullher, Kutz Amin, de 57 anos, alegou que a criança não chorou e por isso acreditou que estivesse morta e segundo costume de sua comunidade enterrou o corpo no quintal, sem acionar os órgãos oficiais. 

De acordo com o delegado Deuel Paixão de Santana, o fato só veio à tona (e a criança salva) porque a mãe do bebê apresentou hemorragia durante toda a tarde de terça-feira (05) e em razão da necessidade de atendimento médido a ocorrência foi divulgada. 

A bisavó será encaminhada para audiência de custódia para deliberação do Judiciário. O bebê segue internado em unidade hospitalar de Água Boa.

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