Zé da Madruga

*** Dar palpite, interferir, se posicionar ou falar muito, não está na minha agenda, no meu vocabulário. Sou mineiro e gosto mais de ouvir, do que falar.

*** Conforme dizia meu avô, quem fala muito dá bom dia ao burro. Em verdade sou mais um observador. Muitos também são assim…

*** Aprendi a me calar e ouvir, mesmo sendo mineiro, a partir de um dia em que estava acompanhando um velho amigo na sua cidade e este resolveu visitar uma família, também sua amiga.

*** Chegando por lá, começamos a falar das coisas e dos acontecimentos, quando de repente esse meu amigo começou a falar sobre mim.

*** Discorreu que eu era um jornalista viajado, que conhecia vários estados e assim por diante. Fiquei envaidecido por este meu amigo dizer tantas boas sobre minha pessoa.

*** Empolgado, entrei de gaiato e de descortês, ao dizer que um dos poucos lugares que estive e que detestei foi o Estado tal.

*** Disse que o povo era esquisito, os homens sem grandes conhecimentos e as mulheres em sua grande maioria eram feias e mau vestidas.

*** Na empolgação fui esticando as colocações funestas. quando o meu amigo me interrompeu e disse: assim você vai deixar o meu amigo sem graça, por que ele e toda sua família são de lá…

*** Pensem comigo a situação. Não sabia se pedia desculpa ou se corria. “Liga não rapaz, pode falar à vontade”, ainda maltratou o dono da casa.

*** Foi a partir daí que passei realmente a praticar a tese do mineiro que sou. Ouvir mais do que falar…

*** Este negócio de falar é complicado. Vemos, por exemplo grandes conversadores que não perdem o momento.

*** Procuram chamar a atenção para si, não deixando que os outros se manifestem. São os donos da verdade. Há, claro, os que são nocivos, sem maldade e só querem mesmo “aparecer”.

*** Conhecemos também aqueles que são manipuladores, os chamados espertos, os sabe tudo e que, cedo ou tarde, dão o golpe.

*** O interessante é que eles (os conversadores) sempre acham a quem enganar e surrupiar…

*** Gente, mas que frio abestado que apareceu! Quem não está acostumado, estranha. Bom para tomar vinho.

*** Espero que continue por que fui lá no Nilo e aproveitei do preço e da boa safra ali contida. Tem vinho para todos os gostos…

*** Vinhos e as devidas degustações. Os tira-gostos, a exemplo dos queijos especiais e outras delícias que o momento requer.

*** Aliás, gosto de ir ao Nilo para fazer as minhas compras, por várias razões. Está do jeito que o povo quer, barato e bom. E tem mais: É um comércio genuinamente barra-garcense.

*** Gosto de valorizar os chamados “pratas da casa”. O dinheiro arrecadado não sai daqui. Exemplo dos supermercados, Nilo, Matos, Cogal, Lares, Aragás e muitas outras que merecem nosso apoio e respeito.

*** Agora vou falar em pizza. Não aquela que eles fabricam lá em Brasília, mas a verdadeira pizza que teve origem na Itália e se alastrou no mundo.

*** O Brasil, através dos tempos se tornou o segundo maior consumidor de pizza, ficando logo após os Estados Unidos.

*** Para quem não sabe é tamanha a aceitação da dita cuja, que ela tem até o Dia da Pizza, que foi o dia 10, último.

*** Sabe-se ainda que Barra do Garças é uma das maiores consumidoras do produto, proporcionalmente. Claro que não deixei de saborear esta delícia, lá no BNH, uma das casas de pizza mais antigas de Barra.

Seja o primeiro a comentar sobre "Zé da Madruga"

Deixe um comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado.


*