PF investiga contaminação criminosa do Rio Araguaia

Uma força tarefa formada de policiais federais de Barra do Garças, peritos criminais federais do Setor Técnico-Científico da PF de Cuiabá, técnicos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA) e da Perícia Oficial e Identificação Técnica de Barra do Garças (Politec) realizaram, nesta terça-feira 4 de agosto, diligências no rio Araguaia buscando elementos comprobatórios de crimes ambientais cometidos no leito e nas margens do rio.

As diligências resultam de um inquérito policial instalado pela PF de Barra do Garças, com o objeto de determinar possíveis danos ambientais e sua extensão e descumprimento das normas ambientais em vigor. As investigações apontaram despejo de efluentes provenientes de atividades humanas e industriais, com potencial de causar severos danos ao meio ambiente e à saúde humana.

E não apenas o rio Araguaia, na altura de Barra do Garças, vem sendo intensamente poluído por despejos humanos e industriais, o problema se estende ao longo do rio, em Aragarças, e no rio Garças, pelo município de Pontal do Araguaia e pelo distrito industrial de Barra do Garças e as novas aglomerações urbanas entre a BR-070 e o rio. Não podemos esquecer que a estação de captação de água potável de Barra do Garças fica localizada no rio Garças nessa área e o tratamento exigido é cada vez mais sofisticado, visando eliminar não só coliformes fecais e outros meios contaminantes humanos, como também metais pesados derivados das indústrias no local. Com o aumento de custos, quando não previstos na concessão pública, os insumos técnicos de tratamento são perigosamente reduzidos, com a queda sensível da qualidade da água fornecida às populações locais.

O assunto não é novo e os anais d’A Gazeta do Vale do Araguaia detém muitas matérias sobre a poluição dos rios na área das três cidades, nada tem sido feito para diminuir o problema e, a cada dia e com o aumento sistemático da população na região, as emissões crescem em proporção geométrica. Cada vez existem menos recursos técnicos, financeiros e humanos aplicados no tratamento da água potável consumida nestas cidades, sob as vistas passivas dos órgãos ambientais federais, estaduais e municipais e com a vista grossa do prefeito municipal.

Da Redação


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