Corpo de agente da PF morto durante treinamento em GO é sepultado no DF

Frederico Moreira de Oliveira, de 43 anos, era instrutor de tiro do Serviço de Armamento e Tiro da Polícia Federal (SAT/PF) — Foto: Polícia Federal de Mato Grosso

Frederico Moreira de Oliveira, de 43 anos, deixa mulher e três filhos. Corporação investiga circunstâncias que vitimaram o policial

Por Walder Galvão, G1 DF

“Pai amoroso, ótimo amigo e profissional dedicado”, são algumas expressões que familiares e amigos usaram para descrever o policial federal Frederico Moreira de Oliveira, de 43 anos. O corpo do agente – morto durante um treinamento da corporação – foi sepultado nesta última quarta-feira (7), no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, em Brasília.

Frederico era instrutor de tiro do Serviço de Armamento e Tiro da Polícia Federal (SAT/PF) e foi atingido por um disparo no peito na última segunda-feira (5),

Pela manhã, dezenas de policiais compareceram ao cemitério para se despedir do agente. Carros da corporação ficaram estacionados em frente à capela, um helicóptero sobrevoou a cerimônia fúnebre e lançou flores sobre o cemitério. O agente foi enterrado sob aplausos dos colegas.

A irmã de Frederico, Letícia Moreira de Oliveira, de 44 anos, participou do velório e contou ao G1 que a notícia da morte dele foi “recebida com muita tristeza”.

“Ele [Frederico] tinha apenas 43 anos, estava no auge da carreira. Ninguém espera que um policial vai ser alvejado em um curso, mas é um risco da própria profissão”.

Letícia disse ainda que a mulher do irmão está “muito abalada”, participou do velório ainda em Mato Grosso, cidade onde vive, porém, “não tinha condições” de vir ao DF para o sepultamento.

O chefe de Frederico, o delegado Murilo Oliveira, da Delegacia de Polícia Federal de Barra dos Garças (MT), relembrou a trajetória do agente, membro da corporação há 12 anos. “Era um cara de muito bom humor, valoroso e cheio de alegria”, descreveu.

Segundo o delegado, o policial era um instrutor experiente e que sempre seguia as instruções da corporação. “Frederico sempre foi muito simples, humilde e religioso. É tudo que tenho para falar sobre ele”, disse, emocionado.

O policial federal deixou esposa e três filhos, uma bebê de 10 meses, um menino de 3 anos e uma adolescente de 13 anos. A mulher não compareceu à cerimônia fúnebre.

Homenagens – Durante o sepultamento, os agentes recitaram o juramento da Polícia Federal. “Juro pela minha honra que envidarei todos os meus esforços no cumprimento dos deveres do policial federal. Exercendo minha função com probidade, denodo e, se necessário, com o sacrifício da própria vida”.

A corporação decretou luto oficial de três dias, desde esta terça-feira (6). “A PF expressa condolências, solidariedade e apoio aos familiares”, disse a instituição.

O caso

Frederico trabalhava em Barra do Garças – a 516 km de Cuiabá, em Mato Grosso. A Polícia Federal investiga as circunstâncias do acidente. Entretanto, a corporação não informou quem realizou o disparo.

O Comando do 58° Batalhão de Infantaria Motorizado disse à imprensa que cedeu o estande de tiro do batalhão, no município de Aragarças, em Goiás, para a realização de uma instrução de nivelamento de técnicas da Polícia Federal.

“Nesse contexto, durante a execução da instrução, por volta das 17:50h, houve um acidente com arma de fogo, no qual um Instrutor da Polícia Federal foi atingido. Por fim, os demais esclarecimentos poderão ser prestados por parte da Delegacia de Polícia Federal de Barra do Garças”, disse o Exército.

A PF disse ainda que Oliveira recebeu os primeiros-socorros de um policial federal socorrista, “sendo encaminhado com urgência para o Hospital Getúlio Vargas, em Aragarças”. O agente chegou a ser levado para o Hospital MedBarra, em Barra do Garças, porém, não resistiu.

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