Caiado, tolerância zero, na Segurança Pública

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, assumiu na terça-feira (23/01), a presidência do Consórcio Brasil Central, que reúne gestores de unidades da Federação do Centro-Oeste, além de Tocantins, Maranhão e Rondônia. Seu propósito é pedir a união de governadores para o avanço da política de tolerância zero na Segurança Pública. A área é um dos maiores focos de insatisfação do povo. Mas é justamente aí que Caiado  surfa em popularidade. É o governador mais bem avaliado do País, com 72% de aprovação, segundo pesquisa Atlas Intel divulgada em dezembro último. “Sei como recebi o Estado e sei como é ter tolerância zero e segurança plena. A população também. Em áreas do entorno, por exemplo, onde havia maior criminalidade, entramos com a política de tolerância zero e fui reeleito com mais de 70% dos votos em algumas dessas cidades”, relatou.

Caiado já conversou com o governador Tarcísio, de São Paulo, expondo os objetivos do Consórcio.  E o governador paulista disse reconhecer que o povo quer uma polícia mais dura para a solução dos seus problemas de segurança, citando o exemplo da política desenvolvida em Goiás para está importante área. Caiado deverá contactar os demais  governadores com o objetivo de tornar nacional o movimento de endurecimento da atividade policial em relação ao crime e aos criminosos.

O resultado da política de segurança goiana cabe em todo o País. Basta para isso  que os governadores assumam integralmente suas responsabilidades em vez de negligenciá-las com o objetivo de conquistar votos. Com a população insatisfeita como se encontra em significativa parte do território nacional, será mais fácil o governante ou seus candidatos às próximas eleições conquistarem mais votos da população em geral do que dos esquemas de contravenção ou crime.   

A tolerância zero, que faz o mote do trabalho policial de Goiás é o sistema rígido de trabalho implantado na década de 90, inicialmente em Nova York, que diminuiu sensivelmente a prática de crimes naquela localidade e, na outra ponta, lotou os presídios. Os assassinatos diminuíram 61% e a prática de crimes em geral caiu 44%, depois da aplicação da política durante o mandato do então prefeito Rudolph Giuliani. A iniciativa aumentou o policiamento ostensivo nas ruas e as punições a contravenções e crimes menores, como não pagar transporte coletivo ou consumir bebidas alcóolicas nas ruas.

Enquanto nos EUA as autoridades endureciam o tratamento ao crime e ao criminoso, aqui no Brasil fez-se o contrário. As polícias foram contestadas, seus integrantes frequentemente acusados de práticas violentas e o cumprimento de pena, pelos criminosos, cada dia mais facilitado. Deu na crise de segurança que hoje incomoda a população e, lamentavelmente, é tratada com viés político-ideológico.

Em Goiás, o governador Ronaldo Caiado – um político com luz própria c uma família está na política desde os primórdios do Estado – decidiu pagar o preço da possível impopularidade ao importar os conceitos de tolerância zero. Mas, mercê da sua determinação, em vez de impopularidade, conseguiu transformar-se no governante estadual com 72% de aprovação popular e, cumprindo o segundo mandato à frente do seu Estado, se prepara para concorrer à presidência da República em 2026. Poderá ser a mais promissora terceira via para aquele p leito. A rigidez no trato das questões da criminalidade poderá conduzi-lo ao Palácio do Planalto.

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo) 
tenentedirceu@terra.com.br

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