Cantiga de grilo

Como o colocado por pioneiros, Barra do Garças surgiu por consequência dos desbravadores que acreditavam na região, quando ainda nos governos Getúlio Vargas e Juscelino Kubtschek.

Na verdade o pico (ou marco inicial) das chamadas operações Marcha para o Oeste e Brasil Centro teve, como é do conhecimento de todos, na cidade de Aragarças, onde se construiu a base para os devidos trabalhos dos operadores, incluindo aí até o Hotel e muitas máquinas.

A Meta, porém, era caminhar sempre em frente, buscando alargar as conquistas no hoje tão conhecido Vale do Araguaia.
Foi nesse sentido que se começou a atravessar os rios Araguaia e Garças para atingir tais objetivos. Depois da travessia de balsas e canoas vieram os estudos para se construir as pontes, hoje tão conhecidas e tão frequentadas por transportadores de produtos agropecuários.

Barra era Barra, um simples distrito de Araguaiana, muito embora tivesse mais movimento do que a própria sede e de Aragarças, pois o povo da região preferiam viver nesta cidade do que nas duas citadas anteriormente.

Em crua verdade o desconfiômetro foi ativado e Barra passou a ser o centro aglutinador da região, ou seja, o centro convergente das cidades circunvizinhas e também chamada de Polo Regional do Araguaia.

Foi também neste período que se criou a mentalidade de que ela reunia, estruturalmente, todos os benefícios para ser uma cidade turística, muito embora os arraigados não acreditassem em tais informações transportadas por pessoas de grandes centros, quando alardeavam as belezas de suas serras, cachoeiras e demais atrativos aqui existentes.

Isto, porém não fez os corações de seus administradores serem sensíveis a estes reclamos, como fizeram as populações de outros municípios como Nobres, Bonito e outros centros que hoje dominam o turismo e canalizam dividendos para as comunidades envolvidas.

Se tivessem a ousadia necessária, hoje seríamos mais que os municípios já citados, muito embora outras tentativas tivessem sido feitas, quando aqui recebemos até um ministro do Turismo que nos presenteou com selos e outras benesses que foram logo esquecidas pelo administrador da época.

Quem ficou falando sozinhos, no período, foram alguns abnegados, como Eduardo Oliveira, Paulo Batista e alguns outros.
Agora, mais recentemente houve nova tentativa, quando o Eduardo reuniu várias pessoas e foi até Bonito para mostrar que lá todos vestem a camisa do turismo, tratam bem as pessoas e a Prefeitura dá seu apoio integral.

Quando da volta, muitos se arvoraram de pai da criança, mas deixando que poucos trabalhassem o setor. Durou pouco, porque muitos não entenderam a mensagem do Eduardo e outros, imaginando que se ele e outros obtivessem resultados eles também teriam os proveitos.

Foi assim com os comerciantes, a administração e até buscadores de votos. A população, que deveria ser também interessada, nem foi alertada de que os benefícios seriam de todos, e não de alguns.

Se na época, ou até mesmo agora, o turismo fosse levado para as escolas, os tempos seriam outros e não este turismo de farofa e de botecos caros, como ocorre agora.

O alerta está dado e vamos esperar que surja no horizonte um verdadeiro administrador que acredite e ombreie este filão tão rico e fácil de manusear, se em mãos certas e audaciosas.

A união faz a força! Quem sabe em outro período os gestores de Barra, Pontal e Aragarças se unam para reativar o Barragarças, ou outro similar!!!

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