Zé da Madruga

*** Hoje quero falar do antes, do agora e do depois. Como dizia meu avô, naquele tempo um fio do bigode era documento. Também nem precisava arrancar, pois doía, dai bastando tão somente a palavra dada.

*** Agora, mesmo em cima de documentos, as coisas ainda desandam, principalmente se for no rumo político. Os acertos, como dizem alguns, são como nuvens, mudando de lugar sem aviso prévio.

*** Claro que, como em todas as coisas, há sempre as exceções no agora e, quem salve, no depois. As mulheres também tinham seus espaços reservados, ou seja, tinham a enorme responsabilidade de cuidar das casas, e dos filhos.

*** Claro que as mulheres, as verdadeiras, tinham funções também aliadas ao marido, seja nos conselhos, seja no entendimento familiar. Trocavam ideias. O respeito era (ou é?) mútuo.

*** Como o dito, havia também as exceções, mulheres que perdiam seus maridos e mantinham a família sob severo freio, mesmo trabalhando para conservá-los na retidão.

*** Muitos do momento ainda exercem a rigidez na criação da família. Filhos não interferiam e nem passavam entre as pessoas, quando estas estivessem conversando.

*** Os ousados pagavam alto preço pela ousadia. Hoje, sem sombra de dúvida, não há este respeito. A Justiça passou a achar que os filhos têm todo o direito de desobedecerem os pais.

*** Mesmo assim sabemos das exceções; de pais que ainda submetem seus filhos aos rigores da rigidez no trato, mesmo contrariando os defensores da anarquia familiar.

*** Outro caso complicado é com relação a convivência familiar. Dia desses estava lá no Bar e Restaurante Quarto Crescente, quando me deparei com uma mesa do pessoal do Clube da Panela.

*** Eram muitos paneleiros e também alguns fora do meio e as conversações ora pendiam para o lado político, ora para o futebol e, claro, sobre as mulheres.

*** O interessante é que um dos presentes começou a falar sobre a dele, chamando a atenção sobre o fato de que ela passou a mandar e não a se relacionar.

*** Muitos entenderam que ele queria era somente desabafar e outros até vestiram a camisa e começaram a reclamar das suas respectivas.

*** Um colocou que a sua digníssima só fazia reclamar e nada de sentar e conversar, ficar numa boa. Dizia que se falasse algo que ela não queria a briga era certa.

*** Quero ficava calado para não dar trela, mas ela continuava, como se mal da vida estivesse. Que a sua vida estava (ou está?) um inferno.

*** A minha também está no mesmo caminho. Não há entendimento, colocou outro. Muitos os apoiavam, mas alguns dizendo que o relacionamento entre casais é mesmo complicado.

*** Um mais sensato disse que a melhor maneira de um casal viver bem é saber viver. Aproveitar o dia a dia, trocando palavras carinhosas, reciprocamente e ajudando o outro a superar contratempos, que é o que muitos têm, em casa ou na rua.

*** Achei interessante a colocação. A harmonia tem que prevalecer, em detrimento da desarmonia criada no dia a dia e que não leva a nada, a não ser para estragar a vivência.

*** Ainda inconformado o criador da polêmica falou que estava até preparado para abandonar tudo, indo viver sozinho. “Antes só do que mal acompanhado”, arrematou.

*** Aproveitando o fato narrado, outro inseriu no assunto que o mesmo estava ocorrendo com ele, mas que sua esposa além de ficar criando caso, o provocando, dizia que se ele ousasse tal coisa iria na Polícia e diria que ele a estava maltratando, coisas do meio.

*** A situação do dito cujo é complicada. Infelizmente são fatos que ocorrem no dia a dia e os homens, na sua grande maioria são susceptíveis a este balaio de gato.

*** A baixaria passou a tomar contra de sua vida e de muitas famílias o que quero dizer que se ficar, o bicho pega e, se correr, o bicho come.

*** Há também as mulheres que são mulheres de verdade, que somam, que ajudam e ainda por cima enaltecem o trabalho dos seus esposos, valorizando e sendo valorizada, como é o normal na vida de um casal.

*** Na verdade a convivência de um casal tem que ser plena e solidificada e nada que uma boa conversa não possa resolver, civilizadamente.

*** Infelizmente muitos não têm essa sorte de encontrar uma verdadeira mulher, como também a mulher não tem a mesma sorte de encontrar um verdadeiro homem…

*** Não fiquei sabendo de resultados, mas, que eu imagino, o tendepá vai continuar por muitos lares enquanto, como eu coloquei, não se colocar pingo nos is.

*** Segundo o Bentinho essa “briga” vem de longe, ou seja, desde Adão e Eva. Só que eles viviam no paraíso e não tinha quem palpitava…

*** Conforme um dos presentes, até então calado, colocou que “ainda bem que temos o Clube da Panela para servir de campo dos desabafos, tanto futebolístico, quanto político e familiar”.

*** Entendo que a educação tem que vir do berço, tanto para as mulheres, quanto para os homens, motivo pelo qual se predestina uma boa e salutar convivência em todos os âmbitos.

*** A vida é boa, a vida é bela e você não pode abdicar de sentir o sabor do bom viver, em todos os momentos. Nada de fragmentos, de viver pelas metades…

*** Até…

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