UMA NOVA PRESTAÇÃO DE CONTAS

Themístocles de Azeredo

É praxe, em todo final de mandato, que o prefeito retirante faça uma prestação de contas, mostrando o que realizou em seu governo. A tendência é de sempre dar uma inchadinha no relatório, visando valorizar o que, na maioria das vezes, ficou muito aquém do esperado.

Esse ano podemos inovar. Não esperemos que o prefeito Beto Farias apresente sua tentativa de justificar o injustificável e relate feitos e serviços que só aconteceram em sua cabeça ou que foram insuficientes para garantir o mínimo de realizações em prol do desenvolvimento sócio-econômico-cultural de Barra do Garças.

Podemos fazer a nossa prestação de contas. Não de realizações e sim do que deixou de ser feito. Se assim o fizermos, além de lavrar para a posteridade a inoperância do alcaide que sai, daremos uma grande contribuição ao alcaide que entra, enxertando fartamente o seu plano de governo.

Um grupo de munícipes bem intencionados pode percorrer os bairros da cidade e os distritos municipais, verificando sistema viário, iluminação pública, escolas, creches, postos de saúde, mercados públicos e feiras livres, arborização urbana, muros e passeios, parques e praças, sinalização urbana e por aí vai.

Nesse levantamento rapidamente poderemos verificar quanto ficou a fazer na última gestão, que não foi só de quatro anos, mas sim de oito, sendo esse tempo insuficiente para o prefeito Beto Farias cumprir com a mínima obrigação de suprir Barra do Garças da infraestrutura exigida à manutenção de seu desenvolvimento.

Cobrar do alcaide retirante é chover no molhado. As esperanças depositadas na sua eleição deram em água e não adianta chorar o leite derramado. Relatar o não executado garantirá memória futura para garantir que nunca mais tente voltar ao mesmo cargo, assim como poderá figurar como uma agenda de cobranças ao poder municipal.

Não podemos esquecer que o município precisa crescer, no mínimo, um pouco acima de seu crescimento vegetativo, para poder se manter em desenvolvimento. O tempo perdido na administração que sai nos obriga agora a trabalhar na manutenção futura do desenvolvimento e também recuperar o tempo perdido em não realizações.

Themístocles de Azeredo é um brasileiro aposentado

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