Todos pelo fim da guerra

Assim como o Brasil, dezenas de países estão retirando seus cidadãos de Israel e dos territórios sujeitos ou já em guerra no Oriente Médio. O trabalho em realização pela Força Aérea Brasileira (FAB) tem sido classificado como exemplar. Espera-se, agora, que o governo do presidente Lula adote uma posição madura e firme em relação ao conflito e, principalmente, no tocante aos milhares de brasileiros acossados pelo pesadelo dos bombardeios e ações terroristas que já provocaram a morte de pelos menos três de nossos cidadãos. Não é legitimo que, ao mesmo tempo em que vê seus cidadãos perecendo e milhares deles ainda sob risco, o Estado Brasileiro poupe o Hamas da necessária censura. O que esse grupo vem fazendo merece toda a reprova e & ndash; mais que isso – providências punitivas pelos crimes cometidos. As mortes conhecidas já justificam ações severas que possam recoloca-los no devido lugar.

É preciso compreender que o Oriente Médio é um dos pontos mais sensíveis do planeta pois tem Estados e grupos radicais que atuam à margem da racionalidade e, conforme o momento, se unir e potencializar os problemas. Também é importante diferenciar entre o Hamas e o povo palestino, que nada tem a ver com os terroristas e, pelo contrário, ainda serve de almofada para os radicais ali permanecerem. Quanto ao Brasil, que bate no peito dizendo-se um país livre e democrático, não pode e nem deve acobertar criminosos de guerra. Tem de fazer coro com os demais países democráticos e se contrapor a toda a barbárie que se comete em nome de alguma causa ou interesse. Acobertar ou tolerar o Hamas, que acaba de matar brasileiros e tem outros como reféns, é uma intolerável infâmia. N&ati lde;o precisamos nos meter na luta, mas participar dos esquemas para que os seus membros sejam devidamente julgados e apenados de acordo com a legislação vigente e que se faça o mesmo em relação aos estados totalitários que a eles dão aporte.

Espera-se que sem muita demora seja dada uma solução à guerra. Vigoram nesse momento prazos para a desocupação de Gaza e principalmente pela separação entre a população civil e e os terroristas que a fazem de escudo. Torcemos, também, para que os reféns sejam libertados e possam retornar às suas pátrias, restando apenas Israel e seus antagonistas para solucionarem as diferenças.

Pensamos que, além de trabalhar pelo fim da guerra, o mundo – especialmente a ONU (Organização das Nações Unidas) por seus países-membros, deve trabalhar para a solução definitiva da questão palestina. Em 1948 criou-se o Estado de Israel e deveria também ter sido instituído o palestino. Mas as incompatibilidades de então impediram essa solução e o conflito continuou. Nas sete décadas passadas, o mundo viu atentados, guerras e uma série de problemas decorrentes dessa pendência. Já passou da hora de buscar a racionalidade e pelo menos tentar levar a paz duradoura à região. Israel tem o apoio dos Estados Unidos e de outros países poderosos, que deverão contribuir para a guerra já instalada. O outro lado tem a simpatia da China e da Russia, entre outros. Espera-se que os apoiadores dos dois lados, em vez de entrar na briga, tomem medidas concretas para fazê-la cessar.

Não se pode ignorar que o mundo de hoje é muito diferente do de 1948, quando a geopolítica daquela região foi montada. As comunicações, a eletrônica e os arsenais nucleares transformaram o mundo naquela aldeia que a ficção um dia previu. No lugar do isolamento de antigamente, hoje há a globalização e a relação econômica, política e social entre as nações. Espera-se que essa nova ordem internacional seja forte o suficiente para, também , acabar com essa de outras potenciais guerras. Até porque, com as armas hoje disponíveis, as guerras tornaram-se muito perigosas e – segundo a ciência – os arsenais têm capacidade para destruir o planeta. Contenham-se todos pois, se chegarmos ao extremo, pode não sobrar ninguém para contar a história…

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)

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