Por Frederico Lohmann
O Congresso Nacional reduziu na última semana à metade as contribuições para o Sistema S (Sesi, Senai, Sesc e Senac), praticamente inviabilizando o mais importante sistema de ensino técnico e um dos mais sólidos sistemas de assistência social do país.
E qual foi a justificativa dos congressistas? Nenhuma. O que se depreende é que a maioria dos congressistas odeiam o Sistema S por não terem ingerência administrativa, não podendo indicar seus apaniguados, e não terem acesso aos recursos, não podendo realizar suas maracutaias.
Para piorar, o sistema não é alimentado por qualquer verba pública e sim através das contribuições do empresariado da indústria e do comércio brasileiros. Como o governo não quer reduzir a carga tributária que enche seus cofres e seus bolsos, decidiu reduzir a contribuição privada naquela que vem se comprovando como uma das mais sérias instituições do Brasil.
Depois dos governos de esquerda terem reduzido os índices de eficiência e resultado do ensino público brasileiro, com discussões ideológicas inúteis e intermináveis e com o aparelhamento de todas as instituições em todos os seus níveis, trazendo os patamares abaixo dos observados nos últimos cinquenta anos, os congressistas querem agora fazer pressão sobre o sistema privado, buscando meios de botar as mãos nos recursos e nos empregos.
Embora não seja amplamente divulgado, pois a grande imprensa não noticia boas notícias, a enorme maioria dos feitos de repercussão internacional, em certames e concursos, foi por equipes de alunos das escolas do Sistema S, que ainda detém a escola técnica de maior conceito do Brasil no exterior, em que todos os seus alunos têm emprego garantido nas maiores multinacionais e convites das melhores universidades do mundo.
Se o governo brasileiro se mirasse no Sistema S e procurasse implantar no ensino público a pedagogia e a tecnologia aplicadas em suas escolas, muito breve nos ombrearíamos com a educação dos mais importantes países nesse aspecto.
Frederico Lohmann é arquiteto e consultor
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