Essa previsão catastrófica aumenta a responsabilidade das autoridades e dos influenciadores da economia nacional. É preciso combater a pandemia pelo seu lado médico e de Saúde Pública, mas não devem negligenciar no trato econômico do problema. O país precisa estar em condições de voltar a produzir e faturar assim que a pandemia terminar. Os governos, eleitos para administrar a coisa pública e cuidar dos interesses da população, têm o dever de encontrar o ponto de equilíbrio entre as vertentes. Não bastará apresentar um eficiente trabalho na área de saúde e, ao final, legar ao povo uma terra economicamente arrasada. É preciso, acima de tudo, abandonar as fogueiras de vaidade e a interesseira linha político-eleitoral para pensar exclusivamente no bem da Nação.
Embora a prioridade seja o combate à Covid 19 e sua velocidade de infestação, há de se entender que ela é passageira e existem instalados no país males endêmicos como dengue, sarampo, zika e chickungunya entre outros, que também afetam a população e nesse ano já mataram silenciosamente 200 brasileiros. É necessário tomar medidas eficazes e com os menores efeitos colaterais porque há o risco destes serem maiores do que o próprio mal. Já assistimos outros surtos e epidemias e em nenhuma deles decretou-se o recesso geral como o hoje em vigência. Os responsáveis por essas medidas precisam se certificar de que essa é a única providência cabível porque, em caso contrário, terão muitos problemas a enfrentar além, é lógico, da impopularidade que poderá advir do sofrimento e da miséria da população desempregada, desesperada e com fome…
Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)
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